Meu fascínio pela Greta Gerwig começou quando conheci Frances Ha, através de um amigo e professor de Inglês que é muito aficionado por cinema. Gostei do estilo dela, da vontade de se erguer ao redor de muitos, dos roteiros que tratam em suma sobre as pessoas e suas relações com as expectativas da sociedade. Mistress America conta com o mesmo diretor de Frances Ha, Noah Baumbach (namorado? da Greta), e roteiro escrito em conjunto com a Greta Gerwig (como em Frances Ha). Mistress America não é tão bom quanto Frances Ha, talvez devido ao seu final, mas acredito que conseguiu ser um filme com personalidades fortes e um roteiro, no mínimo, concreto.
O contexto, um dos que eu mais adoro, é da vida em Nova York - principalmente de dois núcleos diferentes de vida. Em um deles, Tracy (Lola Kirke) está com 18, cursando a universidade em Nova York e se sentindo perdida no meio de tantos rostos estranhos. A Tracy é uma personagem bem instigante, mesmo depois de acabar o filme não sei se gosto dela, mas acredito que ao menos entendo seus motivos. Um dos maiores méritos do curso de escrita e literatura da tal universidade é entrar em um clube egocêntrico de escrita de short stories; ela e um amigo (na verdade ela quer mesmo é ficar com o cara), não diferente das outras pessoas do curso, querem muito fazer parte da sociedade dos douchebags.
fonte: BIFF.no |
No outro núcleo, encontramos Brooke (Greta) com quase trinta anos, trabalhos variados e (kind of) irmã emprestada da Tracy. Achei a personagem complexa (como todos somos) porque, novamente, como aconteceu com a Tracy, não sei se consigo escrever algo concreto para explicar sua personalidade. Por isso que é tão incrível - descrever uma pessoa é uma das coisas mais difíceis de se fazer, e o filme consegue retratar muito bem essa inconstância dentro de cada um de nós.
Vocês já viram Lady Bird, quero muito ver essa semana ainda. See you mates.