Leitura finalizada: A morte do pai, de Karl Ove Knausgård.

fonte: Paris Review
  
 Como vocês podem ter notado pela quantidade de posts dedicados a este livro, gostei muito do primeiro livro da série de Karl Ove Knausgård, denominada "Minha luta" (do norueguês "Min Kamp"), e este é um dos fatores que tornam a escrita desta resenha algo muito difícil. Finalizar uma leitura dessas não foi algo simples, esse livro mexeu comigo de uma forma que eu nunca havia experimentado na literatura (depois de ler "A morte do pai", com certeza quero começar a ler Proust, autor que mais influenciou a obra de Karl Ove). Eu entrei nesta leitura sem saber ao certo qual era a história que o autor queria nos contar, e após ler algumas páginas e descobrir sobre o que aquilo se tratava, fiquei maravilhado. "Minha luta" é o livro que abre uma série autobiográfica sobre a vida dura e rígida do norueguês Karl Ove Knausgård. Ao começar a leitura alguns pensamentos passaram pela minha cabeça, como: "sério que um cara acha que a vida dele é tão interessante assim para escrever mais de três mil páginas sobre ela?". Mas, felizmente, eu não poderia estar mais errado. A narrativa do livro não possui uma linearidade cronológica, em um momento podemos estar lendo sobre sua adolescência e no outro estamos de cara com uma descrição sobre sua vida como pai. A leitura é prazerosa, a escrita é excelente; flui muito bem. 

   Este é um livro complicado de ser explicado, é uma daquelas experiências que não conseguimos transmitir facilmente; mas acredito que um bom modo de exteriorizar esta obra é falando sobre o seu motivo de existir. Um dos principais pilares para a construção desta obra é o fato de Karl Ove ter presenciado a morte do seu pai; não que ele tenha presenciado o momento exato da morte, mas sim todas as suas consequências, físicas e psicológicas. A morte do seu pai foi horrível, e a todo momento que uma descrição era feita sobre o acontecimento, eu começava a ter alguns arrepios. Em suma, ele faleceu de tanto encher a cara de bebida. Digo que isso funciona como ponto inicial da história que o autor quer contar, pois foi um grande ponto de virada na vida de Karl Ove. A morte do seu pai é contada principalmente na segunda parte do primeiro livro, mas o que realmente me fez ficar fascinado por tudo foi o conteúdo da primeira parte. 

   Acho que posso dizer que gostei mais da primeira parte porque foi a única coisa que já aconteceu comigo/continua acontecendo/vai acontecer por algum tempo ainda. Estou falando sobre as situações que Karl Ove vivenciou na sua adolescência até o início da vida adulta; quando começou a ficar viciado em beber, fumar, começou a descobrir sua sexualidade e aproveitar a vida sobre diferentes ângulos. As descrições desta primeira parte mexeram muito comigo, conseguiram expressar algo que eu às vezes não conseguia colocar em palavras, e durante muitas passagens eu me via falando algo como: "caramba,  isso é muito assim". Não espere nada muito bonito, a descrição de tudo é verdadeira, crua, fiel ao triste e digno do clima norueguês. 

   Esse cara virou um fenômeno mundial, mas ficou realmente conhecido na Noruega (que já não é um país muito grande; uma boa parcela do país conhece a sua obra), e é impossível acabar a leitura sem querer consumir um pouco da cultura que nos é apresentada. Uma boa parte do livro também é dedicada aos relatos sobre sua banda da adolescência e seu fascínio sobre bandas de rock (the police, led zeppelin, Bowie, etc.). Não vejo a hora de começar a ler o segundo livro da série, see ya mates.

   Compre o livro pela Amazon e ajude o blog com livros e cafézinhos: http://amzn.to/2Fy15Iv


   

   
   

Mais um pouco de café gelado pra esse verão.

foto original

  Vou dizer que esse é forte, muito intenso, tomei apenas um gole e já sinto minha pupila dilatar de tanta cafeína. Recomendo adoçar um pouco o café, mesmo se você for como eu e gostar de tomar puro (aí você pode usar o que preferir para adoçar). 
   Vai precisar de apenas uns cubos de gelo (certifique-se de que eles não estão começando a derreter quando você for passar o café), café e filtro. Coloque água para ferver e encha o fundo do recipiente com gelo. Passe um café muito concentrado (não pode ficar fraco por causa do gelo, se você passar um café fraco tem o risco de tudo ficar com gosto de água). Eu coloquei duas colheres de sopa de café moído para apenas um copo de café. É isso, e releia a primeira frase antes de fazer em casa. See ya mates. 

foto original






Recado para os mates.

   Selecionei três fotinhos que eu fotografei há um bom tempo, mas que gosto muito mesmo, para dar um recado.



   Para manter meu ritmo aqui no blog preciso de café (mentira, é só porque sou viciado mesmo), e a Companhia das Letras (ótimo catálogo de livros aqui no Brasil) está com promoções na Amazon. Se você já ia comprar algo, compre pelo meu link, não custa nada, e eu consigo manter meu vício.

(o post continua)


   Eu mesmo quero comprar os próximos livros da série do Karl Ove (o carinha que virou um dos meus escritores contemporâneos favoritos), faltam apenas cinquenta páginas para eu acabar o primeiro livro (estou amando a segunda parte, mas para mim a primeira é infinitamente superior). Estou muito ansioso para sentar e escrever uma bela resenha sobre esse livro. 

   Compre através desse link e ajude o blog com livros e cafézinhos: http://amzn.to/2GuWt7d

Lago negro - folhas vermelhas (parte 2).

   Algumas ilhas de luz mantinham a escuridão afastada em alguns pontos da rua, do mesmo modo que minhas roupas mantinham o calor contido ao redor do meu corpo. Aquele cachecol preto e azul realmente conseguia cumprir o seu papel. A florista, como de costume, não havia recolhido a bosta que seu cachorro havia acabado de fazer na calçada da nossa casa; educação não era seu forte. Tirei um cigarro do maço de Camel, fiz uma concha com as mãos para proteger a chama do vento cortante e deixei a fumaça correr pela traqueia. Sempre a primeira tragada era ruim, mas depois eu fumava mais por hábito do que por vontade, do mesmo modo que bebia meio litro de café pela manhã, xícara após xícara, simplesmente pelo hábito. Eu pensava em qualquer tipo de coisa enquanto caminhava por aquelas ruas marcadas pelas folhas caídas das árvores. Apenas alguns resquícios das folhas ficavam no centro da estrada, o resto ficava aglomerado perto do meio-fio. Outono era alta temporada na serra, perdia apenas para o inverno; e eu conseguia diferenciar os berros dos turistas bêbados de vinho daqueles já usuais. No momento, enquanto olhava para os pinheiros e colocava algumas pinhas no bolso do moletom para acender a lareira pela manhã, estava pensando no meu personagem de RPG. Queria ter escolhido ser um bardo, mas todo mundo do trabalho ficava falando que eu tinha que ser um mago. Eu trabalhava em um café, que servia como pub à noite. Quando cheguei à esquina consegui ver o vapor que subia do lago com águas negras que servia como um dos maiores pontos turísticos da cidade. Uma camada de neblina cobria a extensão das águas, e a única coisa que eu conseguia pensar no momento era que esse era um local digno de um conto do Poe ou romance do Stephen King. A florista, com a coleira pendida em seu braço esquerdo, com o olhar fixo na neblina, apenas adicionava ao clima lúgubre do lago.

Life is weird.


(gif de Master of none)
Dei altas risadas na madrugada de ontem com essa série. 

The sinner, um thriller bem massa.

Imagem relacionada

   Hoje, depois de oito episódios de tensão e sobrancelhas arqueadas, acabei a série (minisérie?) The sinner, que me lembrou muito uma produção da HBO chamada "The night of", com o mesmo clima sombrio de mistério e assassinato. Tenho que admitir que "The night of" é muito superior ao thriller da Netflix, mas a série me surpreendeu de forma positiva. 

   Cora é casada, tem um belo filho e trabalha com o marido e o sogro na empresa da família. Durante o primeiro episódio começamos a receber alguns insights sobre o passado de Cora, e como passou sua infância em uma casa de fanáticos religiosos. Ela vivia enclausurada, era conduzida a pensar que qualquer tipo de prazer era considerado pecado e que era culpada pela doença que sua irmã mais nova possuía. O simples fato de comer uma barra de chocolate era considerado pecado, e apenas mais um motivo para a doença de Phoebe (irmã de Cora) intensifiar-se cada vez mais. 

   Em um final de semana no lago, com pessoas se divertindo e música tocando, Cora corta uma pera para seu filho e se depara com memórias do passado. Sem saber por qual motivo, se levanta, empunha a faca que estava usando para cortar a fruta, e apunhala um homem que estava no lago sete vezes. O motivo: desconhecido até mesmo para quem cometeu o crime. 

   Todos os oito episódios são baseados nas investigações que buscam descobrir o motivo de Cora ter assassinado o homem no lago, sendo que nunca apresentou antecedentes criminais ou um passado obscuro (a não ser aquele com seus pais fanáticos). Principalmente pela visão de dois personagens compreendemos o que está acontecendo fora da prisão que Cora está; seu marido, Mason, e um detetive que busca ajudar no caso, Ambrose (interpretado pelo Bill Pullman, melhor ator da série na minha opinião).

   A série é cool, curtinha; acredito que não vá ter outra temporada (do mesmo modo que "The night of") e tem um final que entrega o que deveria (não me decepcionei pelo menos). A Netflix tá começando a fazer umas coisas massas. See ya mates. 


 
   

Pensamentos sobre a leitura atual.

   Queria escrever alguma coisa hoje, mas sei lá, não sei muito bem o que falar, então vamos novamente conversar sobre a minha leitura preferida do ano até agora (fazia tempo que eu não sentia uma ligação tão forte com uma obra literária). Cheguei hoje na segunda parte do livro, lá pela página 200, e cada vez mais sinto a força das palavras do Karl Ove. Muito do poder do livro sobre mim é a identificação (que acredito que muitos consigam ter) com tudo que aconteceu na vida dele, sem falar sobre seus anseios e interesses. "A morte do pai" consegue falar da humanidade, dos anseios, da natureza humana. As reflexões que comecei a ter ao longo da leitura, e algumas mudanças no modo como vejo alguns aspectos da minha vida, já fizeram deste livro um dos meus favorito de toda a vida. Enquanto corria às seis e meia da manhã de hoje, fiquei pensando em algumas coisas ditas pelo autor, e quando isso acontece, consigo afirmar com total certeza que o livro valeu à pena (para mim pelo menos). 

fonte: Esquire


Vapor condensado - folhas vermelhas (parte 1).

  Era um dia de outono que poderia ser classificado como inverno; ao abrir a janela do meu quarto às dez da noite eu senti o vento cortante que trazia boas lembranças e fazia meu corpo reunir uma energia que só o frio trazia. Eu queria muito sair de casa; o frio, ao contrário do que acontece com a maioria das pessoas, apenas me motivava a sair pelas ruas marcadas pelas folhas de tons vermelhos. Eu gostava de sair e caminhar, fumar uns do maço de Camel, olhar pro vapor condensado que saía e pairava na frente da minha boca devido ao frio, prestar atenção nas casas e como tudo mudava no período da noite, observar os halos produzidos pelos postes de luz que percorriam toda a rua. Decidi que hoje, sexta-feira, dez e dezesseis da noite, eu sairia mais uma vez pelas ruas do meu bairro e ficaria apenas imerso nos meus pensamentos. Enquanto ficava com os braços apoiados na janela aberta do meu quarto no segundo andar, olhando bem de perto para as folhas da corticeira-da-serra que chegavam a tocar a janela do meu quarto, pensei que precisaria me agasalhar bem. Eu gostava muito daquela árvore, minha mãe sempre se orgulhava de falar sobre a altura que ela havia chegado, como se a beleza de uma árvore fosse medida pelo seu tamanho. Antes de me dirigir ao armário notei que a vizinha estava passeando com seu cão, o que já era de praxe mesmo nos dias mais frios, mas uma sensação de angústia andava junto com ela. O cachorro parava constantemente, também com um vapor condensado na frente do focinho, para olhar em direção à dona com uma cara de tristeza, aquela feição de impotência à frente de um problema. Quando eu olhei para a face da mulher, a florista que morava na frente de casa, notei que ela chorava. Raiva ou tristeza? Não consegui dizer. Fiquei acompanhando seu caminhar até ela sair do meu campo de visão na esquina lá embaixo. Abri o armário, peguei um moletom da editora que eu havia trabalho no meu intercâmbio para Londres; ele era todo preto com um pinguim laranja na frente, um cachecol da Corvinal que eu havia comprado no passado da infância, mas ainda usava porque havia pago trinta e oito dólares, e o resto do meu maço usual de Camel. Desci as escadas com cuidado para não acordar ninguém na casa, pisando nos locais mais macios do carpete. Abri a porta e saí para o frio. 

30 momentos até a sétima temporada de Gimore Girls.

   Em uma manhã de quinta-feira que eu deveria estar preparando aulas ou lendo alguma coisa de um livro sobre ensino de línguas estrangeiras, na verdade estou escrevendo sobre Gilmore Girls e já pensando na saudade que essa série vai deixar. Fiquei motivado porque ontem, quando fui fazer a segunda via de um documento, me deparei com um cara que era exatamente igual ao Luke (posso dizer que fiquei apreensivo com tamanha semelhança). Ainda estou no início da última temporada, então vou apenas falar sobre as coisas que já aconteceram até o exato momento em que estou assistindo. No spoilers mates (se bem que já tomei um major spoiler de um amigo meu). 

1. Eu odiava a Mrs. Kim, mas agora tô achando ela gente boa (Go Mrs. Kim).
2. Só eu que não gosto da Rory e acho a atriz bem nhé.
3. Ensinei meu cachorro a sentar, dar a pata e deitar, mas o Paul Anka sabe até abrir as portas. 
4. Não sei como alguém consegue gostar da Emily.
5. Luke is cool.
6. Pra mim o Jess sempre vai ser o Holden (the catcher in the rye).
7. Tirem o Logan e tragam o Jess.
8. Tirem o carinha do Supernatural e tragam o Jess.
9. Pensar que a Melissa Mccarthy já fez um papel tão bom quanto a Sookie (hoje ela faz estereótipos). 
10. Queria muito saber o remédio para azia que a Lorelai usa, deve ser milagroso.
11. Será que o café do Luke's é tão bom mesmo, sempre me perguntei como aquilo não fica frio.
12. Tirem o Cristopher e tragam o Luke novamente, ou não, sei lá.
13. Tirem esse burguês inconsequente do Logan e tragam o Jess por favor (sim, falei de novo porque não consigo entender o que passou na cabeça desses roteiristas, realmente não tinha mais nada para fazer na série).

14. Kirk possui tantos trabalhos que ontem fui pedir um café e pensei que era ele me atendendo. 
15. Só eu que fico pensando o porquê de todo mundo ser rico em Gilmore Girls?
16. A filha do Luke sempre será o pior plot da série.
17. Michel é francês ou canadense?
18. O que aconteceu com aquele primeiro namoradinho da Lane, não quiseram mais pagar o cachê do ator?
19. Qual é o melhor membro de Hep Alien, e por que é o Gil?
20. Motto da Lorelai: "Life is short, talk fast".
21. Será que Pop Tart é bom mesmo (mesmo com a quantidade enorme de açúcar que deve ter)?
22. Já pensei em participar daquele "desafio" literário de ler todos os livros da Rory Gilmore, mas só de pensar em ler Jane Austen (zzzzz). 
23. Ontem assisti a um episódio que a Rory estava lendo um livro do Henry Miller.
24. Outro personagem que me dá raiva é o Taylor Doose.
25. Ter tido a Paris como roommate deve ter sido um dos maiores desafios da vida acadêmica da Rory.
26. Qual será o local com o melhor muffin, Central Perk ou Luke's?
27. Meus sentimentos para com o Richard são confusos.
28. O nome da série, na minha opinião, poderia ter sido outro. Acho que ela engloba muito mais do que o universo particular das Gilmore. 
29. Mas que p*rra é o DAR (eu sei que é significa Daughters of American Revolution, mas tipo, why?)?
30. Por favor Netflix, deixem as coisas assim, no more seasons. 

Uma leitura que está mexendo comigo.

fonte: the influencer
   Esse carinha da foto ali é Karl Ove Knausgård, um escritor norueguês que acabei conhecendo após umas das minhas idas à biblioteca da minha universidade. Na verdade estava procurando por um livro de literatura russa, porque depois de ter lido "The great Gatsby" queria ler algo totalmente diferente de literatura americana. Estou atualmente lendo o primeiro livro da série de seis livros escrita por Karl Ove, chamada de "Minha luta" (ainda estou na busca de descobrir o porquê dele ter escolhido um nome tão mal visto como esse para seus livros), e não poderia ter escolhido uma leitura tão diferente de "The great Gastby". No primeiro livro, "A morte do pai", começamos a entrar na vida do autor de uma forma que eu ainda não havia experimentado na literatura (não estou dizendo que Karl Ove criou esse tipo de literatura, apenas que EU nunca li nada parecido. Mas já vi que ele é muito influenciado por Proust). 

   Li apenas sessenta páginas, todas em dias chuvosos (o que talvez tenha influenciado a minha visão da leitura. Ultimamente estou pensando muito em como o local em que lemos influencia nossa experiência) e posso afirmar que entrei nessa leitura de forma intensa. O livro é cru, real, nebuloso como o clima dos países nórdicos. Tentei não assistir/ler nenhuma resenha sobre esse livro para realmente começar a leitura sem saber o que esperar, e acredito que foi a melhor coisa que fiz. Pelo que li até o momento, entendi que o livro fala sobre o próprio autor, e como toda a sua vida moldou a pessoa que ele é hoje (uma pegada meio autobiográfica, mas escrita como ficção). Apenas posso dizer que esse livro me pegou de surpresa. Enquanto escrevo este post estou pensando em chegar em casa e voltar à leitura (se bem que eu deveria passear com meu cachorro). 

  Compre o livro na Amazon e ajude o blog com livros e cafézinhos: http://amzn.to/2DBUWyw

Baguete - uma crônica.

 

   Meu pai tinha o hábito de acordar às quatro da manhã para fazer a primeira fornada de pães da sua padaria; ele era o tipo de homem que amava o que fazia com toda a sua vitalidade de descendência italiana. Eu costumava acordar bem cedo junto com ele; ainda não estava empregado, e minhas aulas na faculdade eram apenas no período da noite, então ajudava meu pai no caixa da padaria, cobrando dos clientes usuais os baguetes, bolos, pães com sementes, croissants, cafézinhos, biscoitos amanteigados, sonhos, pandoros ou simplesmente um pão na chapa. Meu pai era um homem que se orgulhava do seu trabalho, abria um sorriso todas às vezes que falava sobre a origem dos grãos do café que moía, ou da vez em que elegeram seu baguete o melhor da serra gaúcha (o que ele achou muito engraçado, afinal se orgulhava muito de dizer que seu avô tinha vindo da Itália). 
   Eu gostava de trabalhar lá, por motivos variados, mas o que mais me fascinava em tudo aquilo era o ambiente. Acho que muito mais do que pela comida, os clientes adoravam a padaria porque ela era aconchegante. Você entrava lá antes de ir pro trabalho e conseguia sentir uma leveza na atmosfera. Meu pai era calmo, gostava de saber o nome de quem estava no outro lado do balcão. A padaria ficava em uma esquina, nas duas laterais encontravam-se duas janelas enormes que permitiam os clientes visualizar as araucárias que preenchiam os morros cobertos de neblina pela manhã. O chão era coberto por madeira de demolição, as mesas, que eram postas estrategicamente perto das janelas, tinham apenas um pé de madeira e eram feitas de granito escuro. Todo mundo gostava de fotografar a padaria do meu pai, mas ele não entendia o porquê das pessoas ficarem olhando mais para as mesas do que para a vista que as janelas propiciavam. Ele sempre quis implementar uma política contra o uso de celular e rede de internet, mas depois de um tempo tudo isso ficou inevitável. 
   A maioria dos clientes apenas comprava algo e logo saía para sua jornada do dia, mas alguns ficavam lá, sentados às mesas. Os que ficavam acabavam se tornando a minha distração; enquanto sentado atrás do balcão, com os cotovelos apoiados na caixa registadora e com o livro que estava lendo no momento aberto no meu colo, escutava e analisava todos os que ficavam na padaria. Mas eu não fazia isso com o objetivo de saber sobre a vida dos outros, ou simplesmente por ser o stalker psicopata filho do dono da padaria; eu fazia aquilo porque gostava de perceber a vida ao meu redor. Gostava de pensar que todas as aquelas pessoas, de certa forma, preenchiam o vazio que acometeu aquela padaria depois que meu pai não pôde mais fazer sua fornada das quatro da manhã. 

por aqui chove.

muito.
não estou reclamando.

Leitura finalizada: "The great Gatsby" - melhor leitura do ano (so far).


   Posso dizer que o maior incentivador para eu pegar esse livro para ler foi Woddy Allen com seu filme "Midnight in Paris" (no qual alguns autores da década de vinte aparecem em Paris, como o Hemingway e o próprio F. Scott Fitzgerald). Nunca soube muito bem sobre o que a estória retratava ou até mesmo qual era a temática de toda a trama, apenas via alguns relances do filme com o Di Caprio (eu jurava que esse filme de 2013 era dirigido pelo Scorsese, aparentemente vivi uma mentira por um tempo, o filme na verdade é dirigido pelo Baz Luhrmann). 

   O livro é curto, fácil e possui uma trama que é muito acessível para o público; este é um grande exemplo de uma obra que se tornou um clássico devido ao modo que conseguiu retratar sua época. Foi no final do livro que realmente entendi sobre o que o Fitzgerald estava falando, sobre o que a estória trata em suma. Na minha percepção, este é um livro que fala muito mais sobre a cabeça e a visão dos estadunidenses após a primeira guerra; em um país que estava prosperando economicamente com a ruína da Europa, do que sobre romance ou qualquer outra trama secundária. O livro todo é narrado pela visão de Nick, um carinha que veio do oeste americano para tentar a vida no leste, mais precisamente em Nova York. No primeiro parágrafo do livro conseguimos ter uma noção da índole do personagem que irá contar toda a narrativa para nós. O livro começa com o Nick falando sobre um ensinamento do seu pai sobre julgar as pessoas, e que sempre que quisermos julgar alguém, devemos pensar que esta pessoa pode não ter tido as mesmas oportunidades que nós. Acho que o ensinamento do pai do Nick consegue traduzir muito bem alguns elementos da obra; que muitas pessoas podem possuir um passado muito mais difícil e sombrio do que imaginamos. 

   Nick acaba morando ao lado de Jay Gatsby, um homem jovem que já possui uma fortuna acumulada e que semanalmente organiza grandes festas em sua casa. Nick acaba servindo, em muitas situações, como uma espécie de ponte entre Gastby e sua prima Daisy (que também veio do oeste americano), pois aparentemente ambos tinham uma relação no passado. Nos dias atuais, Daisy é casada com Tom, um homem de índole muito questionável e um grande babaca (já que estou falando minha opinião). Tom também está se encontrando com uma mulher, de modo que ele e Daisy vivem um casamento, digamos, "de mentirinha". 

   Em alguns momentos fiquei me questionando se Nick não era homossexual (depois da parte do elevador, para você que já leu o livro), então acabei entrando em alguns fóruns na internet para ver as discussões sobre o assunto; e acabei descobrindo que muitas pessoas discutem isso há muito tempo. Mas, mesmo lendo toda a obra, ainda não sei afirmar se Nick era realmente homossexual. 

   Quando falei que o livro serve muito bem como um exemplo de clássico que retrata sua época, estou falando também da época do jazz, onde a maior preocupação das pessoas nos EUA era beber e fumar uns cigarettes falando sobre negócios. Falando em negócios, este é um assunto muito bem retratado em "The great Gastby" (lembrando que o livro foi publicado em 1925, quatro anos antes da grande crise de 29, uma época em que a prosperidade econômica e a esperança da população estavam lá em cima). 

   Recomendo fortemente este livro para qualquer pessoa. Se você quiser praticar seu Inglês, a obra possui uma narrativa muito acessível. Good reading, mates. 

   Compre na Amazon e ajude o blog com livros e cafézinhos :)
  

"A nightmare on Elm Street" (1984) - horror dos anos oitenta feels like.

   Continuando com a minha maratona noturna de filmes clássicos de horror, ontem à noite assisti a "A nightmare on Elm Street" (sim, esse é aquele filme do Freddy Krueger, o carinha com o suéter vermelho e verde, cara queimada e navalhas no lugar da mão). O longa é de 1984 e apresenta elementos muito característicos dos anos oitenta (roupas, eletrônicos, cortes de cabelo, músicas, etc), sem mencionar os efeitos digitais que estavam ainda nos seus primórdios (então você tem que assistir a tudo com isso na mente, algumas cenas podem ser até engraçadas, mas sinistras ao mesmo tempo). 

   "A nightmare on Elm Street" mexe com um dos maiores e constantes medos do ser humano: pesadelos. Diferente de outros filmes de horror, onde o medo é imprevisível, neste filme sabemos exatamente quando o "monstro" vai atacar: a qualquer momento que alguém pegar no sono (preparem as xícaras de café e pílulas de guaraná). Freddy Krueger (parabéns para quem criou o visual do carinha, realmente ainda é assustador) tem total domínio sobre o mundo dos sonhos, e tudo o que ele faz nesse plano possui consequências em nosso mundo real. Dando um exemplo mais visual, se ele corta a pessoa ao meio no plano dos sonhos, a pessoa é cortada ao meio no plano real (simple as that). 

   Nancy é a garota que mais é atormentada pelo Freddy, vê muitos de seus amigos sendo assassinados por ele e tenta ao máximo não dormir para não ter que encarar seu maior medo (e perigo). Vou admitir que fiquei muito chocado com a primeira cena em que o Freddy Krueger realmente mata alguém, que acaba sendo uma das melhores amigas da Nancy. Depois de ver essa cena nunca mais digo que o Taratino usa sangue falso demais; realmente um banho de sangue misturado com o macabro. Algumas mortes são, digamos, muito (muito mesmo) peculiares, mas tudo pode ser relevado pelo fato de que em muitas teorias sobre esse filme, Freddy teria poderes paranormais. Falo teorias porque o final de "A nightmare on Elm Street" é bem duvidoso em alguns aspectos, e realmente deixa muitas dúvidas sobre o que estaria acontecendo. Não vou comentar nada para (se por algum acaso você ainda não viu o filme) você ter a mesma experiência que eu tive (no spoilers). Depois de acabar o filme fui logo na internet e achei um site totalmente dedicado à um artigo sobre teorias do seu final, então você já pode ter uma noção do que eu estou falando. 

   Como mencionei antes, todo o visual do filme é muito bem feito (para sua época), ver o Freddy Krueger encarando a câmera com uma máscara daquelas é realmente assustador. Não sei o que acontece com os filmes de horror atuais, mas antigamente as trilhas sonoras eram muito melhores (não vou nem comentar sobre a trilha sonora de Halloween, porque aquilo é obra prima), em "A nightmare on Elm Street" a trilha deixa tudo com um clima mais assustador. Um grande exemplo seria a trilha frenética que começa a tocar em todos os momentos em que Freddy Krueger está correndo atrás de alguém. O filme tem nota 7.5 no IMDB, not bad.

One, two, Freddy's coming for you. 

   

mornin' mates


"The Squid and the Whale"/"A Lula e a Baleia", um ótimo filme para falar sobre psicologia.

  "The Squid and the Whale" é um daqueles filmes que nos mostram como os seres humanos realmente funcionam, as extremidades que certas personalidades podem possuir e como cada ação de terceiros pode influenciar nossa vidas. Esse filme me lembrou muito "Writers", ou como ficou mais conhecido, "Stuck in love" (afinal um filme com o nome de "Escritores" com certeza não vendeu muito). Nesta obra acompanhamos uma família no Brooklyn na qual os pais, ambos escritores e aficcionados por literatura, estão no processo de divórcio. A separação dos dois é algo que vai se tornando cada vez mais evidente ao longo da trama, desde discussões sobre assuntos banais até competições acirradas para ver quem era melhor em um jogo de tênis. Este é um daqueles filme no qual as personagens brilham ao longo da trama, acompanhar o desenvolvimento de cada indivíduo é aquilo que deixa a obra com uma qualidade excepcional.
   Frank e Walt são os dois filhos do casal de escritores, e com certeza as pessoas que mais sofrem com tudo aquilo (acho que esse é um ótimo filme para explicar o que acontece no psicológico de cada um após uma separação ou mudança trágica na estrutura da família). Walt é o mais velho, aparentemente gosta muito de literatura e possue uma inclinação muito maior para o lado do seu pai. O engraçado é que ao longo da trama nós acompanhamos uma desconstrução de muitas personagens, e tudo aquilo que elas acreditavam ser verdade no início da obra, torna-se mentira. Frank é o mais jovem (talvez uns dez anos de idade), e quem mais sofre com tudo isso; começa a se masturbar na escola, beber até vomitar em casa e, por um momento, pensei que ele iria virar um maníaco. O filme, ao mesmo tempo que é trágico, é real. Esta é uma daquelas obras que eu adoraria conversar sobre com alguém que estuda psicologia, no mesmo estilo de "Precisamos falar sobre Kevin".


   

loading...

   Esse que vos fala aqui é um João que está em uma sala de espera (nothing to worry about), o mesmo que acabou de descobrir o aplicativo do blogger para o celular e decidiu escrever algumas coisas pra passar o tempo (eventuais erros de digitação, culpem o teclado do meu celular).
   Estou no momento lendo "the great Gatsby" (não neste exato momento porque estou escrevendo aqui, obviously), e estou achando bem interessante. Nunca vi o filme mas a figura do Gatsby na minha cabeça não pode ser outra a não ser a fisionomia do Di Caprio. O livro está me lembrando muito aquele filme do Woody Allen, "midnight in Paris"/"meia noite em Paris", porque no filme o personagem principal acaba encontrando F. Scott Fitzgerald e o Hemingway.
   Fui tomar um espresso italiano com uma amiga que não via fazia um bom tempo hoje de manhã; conversamos sobre faculdade, livros, viagens e a vida como ela é (adoro conversar sobre qualquer coisa). Enquanto a esperava, fiquei lendo uma matéria sobre um jogo de RPG do Harry Potter que estão produzindo, e já estou querendo saber como posso conseguir jogar hehehe. Ela me recomendou o livro "on the road", alguém aí já leu?

  

Faculdade, intercâmbio e dúvidas.

   Pensei em usar o blog como se fosse um caderno onde eu coloco alguns pensamentos que estão incomodando minha cabeça; vai que ajuda, já li que isso pode ser bom. Sempre fui muito ansioso, com tudo, chegando ao nível de ter dificuldade de respirar em alguns momentos; eu fico com raiva de mim mesmo por não conseguir controlar meus próprios pensamentos e ter que suportar as respostas físicas que meu corpo dá por tamanha ansiedade. Sempre quando vou fazer algo fico pensando em tudo que pode dar errado e já fico planejando muitas coisas desnecessárias com antecedência; me preocupo com compromissos que ainda estão em um futuro muito longínquo. Agora, nesse primeiro semestre de 2018, estou com um grande impasse na minha cabeça. Vou começar um curso que quero muito estudar sobre, línguas e livros sempre serão minha paixão superlativa, mas algumas oportunidades estão me deixando com alguns dúvidas. Faz um tempinho já que estou planejando um intercâmbio de trabalho de três meses nos EUA, vou em Julho e volto em praticamente em Setembro, sendo assim eu não vou conseguir fazer o segundo semestre de 2018 e vou ter que ser muito organizado para não rodar em nenhuma cadeira no primeiro semestre (afinal, eu vou sair antes do término das aulas). Eu trabalhei e guardei dinheiro para isso (passagens, vistos, etc) e fico pensando agora: por que tenho medo de dar esse passo?

30 momentos e situações em que Friends me marcou.

   Enquanto eu preparava uma atividade de warm-up para uma aula de Inglês hoje pela manhã, fiquei com uma grande nostalgia de Friends. Estava procurando alguns episódios que poderiam ser úteis e acabei revendo algumas cenas dos especiais de thanksgiving (dia de ação de graças). 2017 foi o ano em que eu comecei a assistir Friends de modo, digamos, organizado. Comecei pelo primeiro episódio e acabei todas as temporadas com um sorriso no rosto. Friends me fazia querer ser transportado para os sofás do Central Perk, morar no Brooklyn, não ter um celular para ficar checando a cada minuto (afinal eu estaria nos anos 90) e morar no apartamento da frente do meu melhor amigo. Enquanto eu assistia ao desenvolvimento de Ross, Rachel, Monica, Chandler, Joey e Phoebe eu me sentia parte do grupo dos amigos, como se você fosse um dos friends. Juntando esse sentimento de nostalgia com o fato de que achei muito legal fazer lista sobre as coisas, pensei em citar alguns momentos e situações em que Friends me marcou.

1. Ross deu o melhor nome para o seu macaco de estimação, eu ria em todos os momentos em que o Ross falava seu nome (Marceeel). 
2. "Hoo. My. God." (leia com a voz mais irritante do universo, sim, a da Jenice). 
3. As aulas de Francês do Joey.
4. Qualquer flashback que mostrasse o bigode do Ross na adolescência. 
5. Chandler tentando fumar escondido do seu chefe no escritório. 
6. "Smelly cat, smelly cat, it's not your fault" (é impossível não ler cantando). 
7. O jogo de futebol americano em um dos episódios de thanksgiving. 
8. Quando o Joey é contrato para ser dublê do Al pacino no chuveiro. 
9. Phoebe interpretando uma figurante em "Days of our lives".
10. "How you doin'?". 
11. Qualquer pessoa que fez qualquer piada sobre divórcio ou casamento com o Ross.
12. O dia em que o chefe do Ross rouba o sanduíche de peru que a Monica tinha feito para ele.
13. Chandler e Rachel lutando pelo melhor cheesecake de Nova York.
14. Unagi.
15. Ugly Naked Guy. 
16. Entrevista do Joey para escolher quem vai ser seu/sua novo(a) roommate (depois que o Chandler decide sair).
17. Qualquer momento que envolva os patos do apartamento do Joey (não estou conseguindo lembrar como os dois acabaram adotando aqueles animais hahah). 
18. Quando o Joey fica nervoso porque não comprou nada para o aniversário da Emma, e acaba fazendo uma leitura dramática de um livro infantil (essa cena é hilária). 
19. Ross vestido de tatu porque não tinha conseguido arranjar uma fantasia de papai noel para o natal (holiday armadillooooo). 
20. Chandler vestido de coelho rosa. 


21. "Joey doesn't share food!".
22. Ross e o Joey tirando uma soneca juntos. 
23. Joey turistando em Londres. 
24. Chandler rindo das piadas do seu chefe. 
25. Quando o Ross, no final do episódio, acha seu suéter e todos acabam descobrindo que ele era o homem misterioso que havia dormido com a Rachel.
25. "We were on a BREAK". 
26. Ross casando em Londres e chamando o nome da Rachel. 
27. Todos tentando descobrir onde o Chandler trabalha (acho que ninguém nunca vai saber disso).
28. Sempre quis provar o muffin do Central Perk. 
29. A última cena do último episódio, quando Chandler pergunta onde eles vão ir tomar café, depois de dez temporadas sempre indo no mesmo lugar. 
30. "I'll be there for you". 

Uma madrugada com clássicos do horror.

   Depois de atacar a geladeira e comer um iogurte de tiramisu e esquentar uma xícara de café, abri o blog para escrever sobre o primeiro filme que assisti nessa madrugada de filmes clássicos de horror que resolvi fazer (queria chamar os matesss, mas acabei lembrando que hoje é terça, ou quarta, se você é daquele tipo de pessoa que não precisa dormir para virar o dia hahaha). Escolhi SCREAM para começar, de 1996, um filme slasher de horror que traz tudo que você tem direito, de policial canastrão a diretor de high school que fica brincando com a máscara do serial killer na frente do espelho. Esse é um filme que faz várias menções aos filmes clássicos slashers que antecederam a sua produção, como "Friday the 13th", "A nightmare on Elm Street", "Halloween", etc. Em muitas vezes o filme até faz piada com as situações rotineiras desses filmes, muitas vezes até tendo um clima de quebra de quarta parede. Acho que quase todo mundo já deve ter visto Scream, nem que tenha sido quando estava passando no Corujão, se você foi criança nos anos dois mil, com certeza já tomou muito susto com a máscara característica do serial killer (cara, eu assistia filmes em VHS, tudo bem que foi apenas no início da minha infância, mas ninguém pode tirar isso de mim. Saudades). Eu não lembrava como o filme acaba, então ter descoberto o final do plot do serial killer em questão foi uma surpresa (pelo que eu me lembrava era outra pessoa). Também não lembrava que a Courteney Cox (a Monica do Friends) interpretava a jornalista intrometida do filme; pensar que ela estava gravando Friends quando fez esse filme. Não sei se vou conseguir assistir a mais algum filme, já são duas da manhã e eu tenho algumas coisas importantes para fazer amanhã; mas queria muito começar a assistir a Halloween (1978). Maratona de filmes de horror na madrugada rulesssss. See ya mates. 


Uma pergunta (não é sobre vampiros). [update]

Resultado de imagem para question cinema tumblr gif  

   Vocês recebem as respostas dos comentários aqui no blog? Pergunta sincera, mates.

   ...  Então, vocês responderam, e aparentemente ninguém recebe as respostas. O jeito é conversar pelo Instagram mesmo, blogger falhou. See ya mates. Mas continuem comentado, é cool.



Leitura finalizada: Lavoura Arcaica, Raduan Nassar.

Eu sei que o livro é foda, por fontes seguras.
Eu sei que não entendi tudo, também por fontes seguras.
Eu sei que vou ter que ler mais vezes durante a vida.
Eu sei que o final me deixou abalado.
Eu sei que o discurso indireto livre cansa.
Eu sei que o fluxo de consciência cansa.


Mas eu não sei bem o que falar.

English tips #3 - booooksss.

(Se você começar a ler algum livro em Inglês depois desse post, mande uma foto pro meu Instagram pra nós batermos um papo) 

   Ser fluente em qualquer língua é o conjunto de vários fatores e hábitos adquiridos ao longo de anos de estudo/convivência/experiências, não espere que cursinho online X faça isso por você em menos de um ano. Qualquer curso ou escola de Inglês, por melhor que sejam seus métodos e professores, não vai conseguir te dar a fluência em uma língua, a maior parte do esforço é por sua conta. Não, não sou contra escolas de línguas como alguns revolucionários por aí (normalmente pessoas que estão com preguiça de estudar, mas eu não falo nada para não gerar um motim, né?), afinal eu sou professor de Inglês e vou cursar Letras, seria um pouco hipócrita da minha parte. O que quero dizer com tudo isso é que seu professor é seu guia, mas você precisa começar a ir além para aprender mesmo. O que vejo em muitas escolas de Inglês por aí é a forma industrial que tratam a língua, grammar, grammar, grammar e mais grammar sem que o aluno entenda o background cultural da língua. Aprender uma língua nova não é virar um papagaio e ficar repetindo tudo o que o professor fala, é entender as diferenças, saber que cada língua é única e que não existe tradução literal, que linguagem é cultura. Minha escola de Inglês foi essencial para o meu aprendizado, sem falar do professor incrível que tive (o que não é a realidade da maioria das escolas aqui da minha cidade, e isso me dá uma raiva, porque vocês sabem que elas não são baratas), mas o que realmente me fez ficar fluente e "abrir minha mente" para a língua foi simplesmente: ler. 

   Comecei a ler na metade do meu curso, para falar a verdade. No início eu lia os livros que estavam disponíveis na minha escola mesmo (todas as escolas devem ter uma biblioteca para os alunos, se você estuda em alguma, peça para o seu professor, utilize tudo que está a sua disposição). Depois fui indo nas bibliotecas da minha cidade e caçando uns livros VELHOS PRA CARAMBA em Inglês, uns livros bem whatever sobre uns contos americanos ou qualquer coisa que estivesse escrito em Inglês, eu só queria era aprender mesmo. Eu lembro que quando fui à biblioteca pública da minha cidade e perguntei se eles tinham livros em Inglês, a bibliotecária teve que ir checar se eles tinham alguma coisa mesmo hahaha. Depois comecei a comprar alguns que eu via o pessoal falando na internet, ou títulos que eu sempre quis ler mesmo (por exemplo, da vez que li todos os livros das crônicas de gelo e fogo em Inglês, haja fôlego). Eu comprava pela internet mesmo, porque eu moro em uma cidade do interior, e o acesso aos livros em línguas estrangeiras não é muito fácil aqui. Hoje, costumo pegar vários livros em Inglês na biblioteca da minha universidade, eles possuem vários livros em Inglês, mas a grande maioria são clássicos da literatura americana e inglesa. Então, quando quero ler alguma coisa mais light, um YA, uma fantasia, etc, eu costumo ler em ebook mesmo (uma vez ou outra compro o livro físico). Se você possui um ereader, é um grande passo para começar a ler em Inglês, porque normalmente eles têm dicionário embutido (sem falar que os livros são mais baratos). 

   Com qual livro começar? Bom, pelo que estiver em mãos. Não importa por onde você começar, apenas comece, leia alguma coisa. O início nunca é fácil em nada que nós fazemos em nossa vida; pegue seu dicionário e comece a ler. Eu recomendo alguns livros YA, sempre são ótimos para você ler na língua estrangeira, mas leia o que você quiser mesmo. É mágica a sensação de você acabar um livro e ter entedido tudo o que você leu, sendo que aquilo não está escrito na SUA língua materna. 

   Vou deixar um link da Amazon para livros em Inglês, e se você comprar alguma coisa estará ajudando o blog com livros e cafézinhos, muito obrigado e boa leitura. Se você começar a ler alguma coisa, me mande uma foto no Instagram (@joao_manica_).

   Livros em Inglês: http://amzn.to/2D5kYGf

   See ya mates. 


sunday


preciso de indicações

   Resultado de imagem para rain tumblr gif

   Começou a chover na minha cidade, meus planos de sair foram arruinados, preciso de indicações de filmes, alguém teria alguma? Vou assistir hoje e posso escrever minha opinião depois, thanks mates! :)

Leitura finalizada: "Tartarugas até lá embaixo" / "Turtles all the way down", de John Green.


   Quando vi que mais um livro do John Green estava em processo de escrita e publicação, logo ao ver o título da obra fiquei pensando sobre o que seria esse novo romance. "Tartarugas até lá embaixo" ou como li no original, "Turtles all the way down" é um título, no mínimo, peculiar. Sim, existe uma explicação tanto para o título como para a capa, mas vamos deixar para falar sobre isso mais depois. Eu já havia lido apenas um livro do autor, "Looking for Alaska", que também é o romance de estreia do John Green, mas com um clima totalmente diferente desse seu novo livro. Gostei bastante de Looking for Alaska, o livro todo tem um clima muito parecido com "O apanhador no campo de centeio" do Salinger, com uma escrita um pouco diferente e sem um romance idealizado.

   Gostei do livro, já posso dizer isso de cara. Se você está procurando um livro com romance estereotipado e a menina que fica sonhando e pensando vinte e quatro horas no garoto (ou ao contrário), acho que você deveria escolher outro livro do autor. Em "Tartarugas até lá embaixo" encontramos uma protagonista que não possui nada de extravagante, não é vista como o centro do universo e apresenta problemas palpáveis. Este, em minha visão, é um ponto muito forte do livro. John Green não tenta criar uma personagem que seja boa em tudo, ou que se destaque em algo; a heroína que vai salvar o dia com seu carisma e inteligência. A personagem existe, possui problemas, sua melhor amiga não é a pessoa mais confiável e carismática do universo, sua mãe talvez não a entenda do melhor modo e o romance na estória, em minha opinião, foi retratado de um modo muito real. Quando digo real, quero dizer que o autor entende como um romance de adolescência funciona na maioria dos casos, e dessa vez não tratou a paixão de um casal de dezessete anos como a coisa mais séria e importante do mundo. O amor é descrito de uma forma muito adulta e madura, como algo que é cíclico; começa, acaba, recomeça e todos continuam com suas vidas no final de tudo.

   Aza é a nossa protagonista, e desde seu nome já começamos a sentir algumas "sacadas" muito perspicazes do John Green, porque Aza trespassa todo o vocabulário, de A até Z. Ela é uma garota comum, está no último ano do high school, pensando sobre a faculdade, seu pai faleceu após um infarto, sua mãe muitas vezes é superprotetora e sua melhor amiga (foi a visão que tive) é uma pessoa muito falsa e interesseira. Daisy é o nome da amiga em questão, vem de uma família um pouco mais pobre que Aza, escreve fanfics sobre Star Wars e namora o Mychal, um carinha que apresenta uma visão interessante sobre arte. A grande construção da personagem da Aza é feita na introspeção psicológica da personagem, porque Aza possui TOC, ou um transtorno muito parecido com isso; pelo que me lembro não temos uma definição muito exata sobre o nome do seu transtorno. Sendo em primeira pessoa a narração do romance, conseguimos entender muito bem tudo que passa pela cabeça da Aza durante todos os momentos da sua vida. Acompanhar os diálogos internos e o turbilhão de pensamentos obsessivos foi algo muito interessante e agonizante em algumas situações. O transtorno da personagem é demonstrado em muitos episódios, mas principalmente no seu "medo" de ser infectada por uma bactéria a qualquer minuto, e pela obsessão de abrir um machucado no seu dedo a qualquer momento para checar se não está com alguma infecção.

   Através do TOC da nossa protagonista conseguimos entender a capa do livro, uma espiral que vai diminuindo, pois Aza descreve os turbilhões de pensamentos como se fossem um furacão ou espiral, no qual ela se vê sem escapatória. Já o título, "Turtles all the way down" ou "Tartarugas até lá embaixo" não foi nada criativo da parte do senhor John Green como algumas pessoas estão falando por aí na internet. O título é baseado em uma metáfora, mas eu já li sobre essa mesma metáfora na introdução de um livro do Stephen Hawking, então é algo meio que já conhecido pelas pessoas, não foi criação do autor em si.

   O plot principal pode ser encarado como um pequeno mistério que acontece com o pai de Davis, o garoto pelo qual Aza meio que tem uma atração. Davis é um personagem muito interessante, é aficionado por astronomia, tem um iron man de brinquedo que anda sempre com ele, seu pai (desaparecido) é milionário, e consequentemente, mora em uma mansão com seu irmão e uma tuatara (tive que pesquisar no google, um dos animais mais sinistros ever). A relação de Aza e Davis não é nada romântica, é bem estranha na verdade. Os momentos mais interessantes eram as conversas entre os dois sobre astronomia, nas quais eu vi que o John Green parece gostar muito do assunto. O uso da tecnologia é bem empregado nesse livro, algo que normalmente acaba ficando meio "falso" na maioria dos romances YA. As pessoas realmente usam o celular e o computador do modo que nós usamos, não sei explicar muito bem, mas os diálogos pelas mensagens foram muito bem escritos.

   Indico, se você se sente confortável, a ler o livro em Inglês, é super acessível para quem está querendo começar a leitura em outra língua (a maioria dos livros young adult são assim). Livro curto, que não precisa ter o plot mais bem bolado do universo, retrata muito bem o TOC, fala sobre a vida como ela é, não precisa ficar romantizando tudo e realmente bem escrito. Recomendo mates.
   
   Compre o livro na Amazon e ajude o blog com livros e cafézinhos:
   Inglês: http://amzn.to/2ECSDY5
   Português: http://amzn.to/2qYF5nR



(Algumas opiniões com spoilers para quem já leu o livro)

1. Só eu que achei horrível a parte em que o Davis tira cem mil dólares de uma caixa de Cheerios, dá para a Aza e ela simplesmente aceita e DEU. WTF?
2. A parte do hospital, que a Aza se levanta e bebe o hand sanitizer lá mostrou o extremo do transtorno de um modo bem "real" na minha visão.
3. Achei a Daisy uma pessoa ruim as f**k.





   



 

umas fotos antigas para matar a saudade de tempos que já passaram.

    Do dia que uma tempestade chegou na minha cidade.

    Essa ainda é uma das fotos que mais me trazem bons sentimentos.

    O melhor horário pra ir pra um café aqui da minha cidade, quando o sol está se pondo (no inverno pelo menos).

    O mesmo café, mas nesse dia eu estava sozinho.

    Primeiro dia com a minha nova lente 50mm 1.8. 

   Café com leite, nothing more.

30 motivos para eu me arrepender de não ter assistido a segunda temporada de Stranger Things antes.

   Por um motivo ainda desconhecido por mim, logo quando a segunda temporada de Stranger Things saiu eu fiquei muito desmotivado. Eu havia conhecido ST antes de toda a hype começar a crescer sobre a série, logo quando as pessoas ainda estavam especulando sobre o que seria aquilo. Uma das coisas que mais me apaixonou na primeira temporada é o clima muito baseado nas obras do Stephen King (na época eu estava viciado nos livros de terror do autor, Pet Sematary ainda é um dos meus livros de horror preferido), outro fator é a carisma gigantesca dos atores (Gaten Matarazzo sempre será meu ator mirim favorito). Quando acabei a primeira temporada eu estava sedento por uma continuação, mas quando ela chegou, não sei, não dei muita fé. Talvez minha estranheza fosse devido a algumas mudanças que ocorreram, tanto no elenco quanto no enredo. Mas, depois de alguns meses de espera e no momento em que meus instagram stories pararam de me mostrar apenas fotos dos episódios, fui sentar e assistir esse negócio. E não é que eu gostei mais que a primeira temporada; então decidi criar uma lista com alguns apontamentos sobre essa segunda temporada. 

1. Já tive um cabelo muito parecido com o da Eleven.
2. A relação da Eleven com o Hopper é muito amor. 
3. Dustin agora tem suas pearls, não parava de rir quando ele mostrava isso para o Lucas. 
4. Referências ao período eleitoral de 84, com placas do Reagan.
5. Mad Max é uma ótima personagem, mesmo ela ainda não fazendo parte da party. 
6. O clima do fliperama é muito cool no início do primeiro episódio. 
7. O clima de "The exorcist" no episódio "The gate" com o Will (let me go!).    
8. Dustin dando chocolate de Nugat para o baby demogorgon.
9. Fotografia analógica, início das filmadoras e câmera Polaroid da mãe do Mike. 
10. Bob :( 
11. Referência a It (livro do Stephen King) conectado com o passado do Bob. 
12. Hopper compartilhando cigarros com a Joyce. 
13.  Só nessa segunda temporada percebi como a Winona Ryder é linda.
14. A montanha de Eggos com chantilly que o Hopper compartilha com a Eleven é de dar inveja. 
15. Falando do Dart e do Dustin, grande referência aos Gremlins. 
16. Só eu que adorei esse clima Alien de toda temporada, mas principalmente do episódio 8.
17. Halloween foi incrível, qualquer filme que me apresenta esse clima já ganha uns pontos na minha concepção.            
18. A fotografia e o tratamento de cor estão incríveis, definem um traço mais característico ainda para a série, não lembro se a primeira temporada era tão bonita cinematograficamente falando.
19. Aquela plantação de abóboras, por mais sinistra que fosse, achei muito incrível. 
20. A nova amizade do Dustin com o Steve ficou incrível, podem trazer mais Duffer brothers.
21. O Snow Ball no final do último episódio <3. 
22. Novamente o trilho de trem de Stand by me, se você ainda não viu esse filme, deveria. 
23. Dustin dando nome para as criaturas que queriam matar todo mundo (It's demodog). 

Resultado de imagem para eggos extravaganza

24. Will e suas habilidade de desenhar um mapa da cidade em fragmentos, não sei se fui só eu, mas senti novamente uma referência a It, quando o garotinho lá constrói uma réplica do esgoto da cidade.
25. Cientista maluco que vê teorias em tudo (they saw a Russian girl) no clima de guerra fria. 
26. Pais do Mike são uma piada, mesmo que o pai dele apenas durma ou faça pigarros e a mãe fique lendo romance brega na banheira.
27. Eleven badass no final. 
28. Fantasia conjunta dos Ghostbuster no Halloween. 
29. It's pure fuel. 
30. A atuação de todo o elenco novamente está ótima. 





morning.





   Eu adoro as manhãs de férias. Acordar com sol na cara. Fazer um espresso. Comer aveia (fibras mates, it makes you move). Ler um pouco de cada coisa (comecei a ler o meu YA do mês, "Turtles all the way down"), assistir ao último ep da segunda temporada de Stranger Things depois de toda a hype ter passado. Tomar banho escutando Kings of Leon. Praticar uns leaks de jazz na guitarra que ficou parada por muito tempo pegando pó. Olhar pro espelho e ficar pensando se meu novo corte de cabelo foi uma boa decisão. Planejar algumas coisas que estou muito ansioso. Fotografar o sol entrando na janela e ficar como um doido batendo no casaco para levantar poeira e a foto ficar cool. Fazia tempo que eu não ficava como um doido simplesmente apertando no disparo da câmera, só pra ficar ouvindo o som do obturador mesmo. Tenho que fazer uma ID nova hoje (boring stuff), então vou lá.

see ya mates.

Domingo.




"The end of the f***ing world" tem um clima niilista e uma jaqueta muito cool.


  Duas amigas me recomendaram essa série britânica que estreou nesse início de ano, e posso dizer que foram algumas horinhas bem gastas das minhas férias. "The end of the f***ing world" possui muitos elementos que divergem da grande massa de séries que estão sendo produzidas atualmente; começando pelo formato dos episódios (oito episódios com cerca de vinte minutos). Acho muito interessante esse tipo de formato, acho que ele consegue manter a integridade artística de algumas séries, ao invés da produtora ficar lançando temporadas e mais temporadas sem absolutamente nenhum conteúdo (acredito que não irão fazer mais uma temporada dessa série, acabou como era para acabar). A trilha sonora é muito boa, músicas indies que realmente adicionam ao clima dos acontecimentos dos episódios. 




   Instrospecções psicológicas são constantes ao longo da trama, mas não espere nada longo ou profundo, simplesmente alguns cortes rápidos de pensametos das personagens, que realmente demonstram o clima niilista e humorístico da série. Digo niilista porque a série em muitos momentos realmente mostra isso (essa foi uma visão que eu tive), retrata alguns atos que o nosso casal de protagonistas realizam que beiram muito o niilismo (obviamente nada no nível Rick and Morty). Também não pense em um casal de adolescentes apaixonados, fugindo da casa dos pais movidos por amor; com certeza não é isso. James é um garoto que se considera psicopata, viu sua mãe cometer suicídio na sua frente, quando criança costumava matar animais e agora seu maior objetivo é tentar matar um ser humano (bem creepy, mas vai por mim que é bom). Alyssa é a garota hipster que odeia celulares e rouba de grandes corporações para combater o the man, é kind of viciada em sexo (mesmo sendo virgem), a maior relação que ela tem com seu padrasto babaca é gritar "fuck off" em sua direção. 

   Cansados da sociedade e da relação com seus pais, os dois decidem fugir com o carro do pai de James, mas antes dessa decisão, acompanhamos os pensamentos impulsivos de James para tentar matar a Alyssa (calma, é kind of cute hahaha). A Alyssa tem a jaqueta mais legal do mundo, realmente queria ter aquela jaqueta, fiquei pensando durante todos os episódios o quão legal seria andar com aquilo na rua. O cabelo dela também em um momento fica incrível, fiquei apaixonado por aquela atriz (Jessica Barden) e pelo sotaque de todo mundo do elenco (utterly british). Em alguns momentos a série fica com um clima bem sombrio, mas logo ele é quebrado por algum elemento de humor ou do extraordinário. Os dois atores principais são sensacionais, eu tinha conhecido o trabalho do Alex Lawther (James) pelo incrível episódio "Shut up and dance" da terceira temporada de Black Mirror. O interessante é que os dois têm uma personalidade muito bem desenvolvida, mesmo em poucos minutos em cada episódio. Mesmo com impulsos psicopatas, conseguimos sentir muita afeição pela James, e conseguimos entender alguns de seus atos. Mas, obviamente, devido à complexidade das personagens, em certos momentos ficamos com uma expressão de "What the hell?". 

   Já assistiram? O que acharam?