Everything sucks! - and I said, "What about Breakfast at Tiffany's?".

 
   Enquanto aguardo o início da aula na lanchonete do prédio mais isolado da minha faculdade, decidi escrever ao som do bip do micro-ondas e da sensação do ar-condicionado na minha nuca, uma resenha para essa série bacana que acabei ontem à noite. Everything sucks! é uma série que me fez pensar se quando eu estiver mais velho vou conseguir encontrar alguma produção sobre a adolescência da minha geração.

   A produção da Netflix toma como plano de fundo os anos noventa, com seus metros incontáveis de fita VHS e as marcantes bandas punk. Tudo se passa em Boring, Oregon; sim, o nome da cidade é Boring mesmo. Luke entra no high school, junto com seus amigos McQuaid e Tyler, e começam uma nova jornada de conhecimento sobre várias facetas de suas vidas. Obviamente, como é marcante dessa transição entre infância e adolescência, a maioria das descobertas estão relacionadas com o mundo sexual/tentar encontrar seu espaço. Mas, o característico primeiro contato com o álcool também está presente (sem mencionar a tentativa de ficarem chapados com eggnog). Os três logo tentam se encaixar em algo dentro da escola, e acabam entrando, digamos, no clube de cinema e filmagem.

   A série me fez pensar em como as tecnologias realmente demoram para chegar no Brasil, ainda mais nos anos noventa. Se eu pensar um pouco no início da minha infância (2004, 2005), consigo lembrar de elementos que estavam presentes na série (que se passa em 1996); lembro perfeitamente da locadora de fitas VHS que ficava perto da minha casa na pequena cidade que eu nasci (aposto que você também deve ter aquela fita verde do Rei Leão aí na sua casa).

   A trilha sonora é muito boa; tem Oasis (já curti mais do que curto ultimamente), The Offspring (muito cool, estava escutando enquanto caminhava para uma aula esses dias), Deep blue something (and I said, "What about Breakfast at Tiffany's?"); musicalmente os anos noventa foram foda.

   Talvez um erro da série seja querer abrangir muitos plots em apenas dez episódios, algumas tramas que foram abertas ficam soltas ou simplesmente esquecidas. O modo de retratar a descoberta sexual, e também de externalizar os pensamentos de alguém que vive com dúvida sobre sua orientação sexual, é bem sutil.

   Alguém aí já viu? See ya mates.





5 comentários:

  1. Devorei essa série em um dia! Acho que os plots abertos serão trabalhados na segunda temporada, que eu espero mesmo que aconteça. :)
    Tyler, sem dúvida, é meu personagem favorito!

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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