Leitura finalizada: Frankenstein, de Mary Shelley.

   

     Eu terminei esse livro faz um tempo, tinha até decidido não comentar nada sobre a leitura; para não deixar o blog com grandes lacunas do meu ócio, decidi sentar antes de começar um trabalho da faculdade que eu estou postergando, e escrever alguns comentários. 

    Primeiramente posso dizer que o início do livro, e a sua organização, me surpreenderam muito. Nunca tinha imaginado que a história do monstro de Frankenstein começaria em São Petersburgo e acabaria ao meio de geleiras no polo norte. Todo livro é contado através de relatos em cartas, ou retratado pelos atuantes da estória; o que chamamos de romance epistolar. 

   O romance da Mary Shelley, sim é uma autora mulher que cresceu com uma mãe feminista (Mary Wollstonecraft), apresenta muitos elementos do gótico, com personagens bem explorados e horrores da mente sendo expostos. Ao ler uma obra que já foi "adaptada" para várias mídias, fica difícil não imaginar o monstro como algo já estabelecido em nossa mente.

   É muito importante atentarmos para a data que a obra foi publicada, no início do século XIX, esse que passou por uma forte e ligeira revolução industrial, com o uso visível da energia elétrica e de muitas outras formas de tecnologias extravagantes para as mentes da época. Temos que entender a mudança que a ciência começou a operar na vida da população; o mundo começou a ficar menor devido aos meios de transporte, a classe operária começou a surgir e a lotar as cidades. Com a migração da população à cidade, doenças começaram a se proliferar, gerando os grandes avanços da medicina (medicina social de Rudolf Virchow e saúde pública de Edwin Chadwick). Sem mencionar as grandes invenções do século, como: locomotiva, fotografia, anestesia, telefone, lâmpada, dirigível, automóvel, termômetro clínico, toca-discos etc. Quando deparados com essa grande revolução, os indivíduos começaram a ter a ideia de que o homem estava funcionando como um "deus"; e isso, de certa forma, foi um dos motivos que levou Mary Shelley a escrever uma obra sobre a criatura.

   O romance passa por vários momentos, uns melhores, outros piores. Para ler a obra você precisa ter em mente o ritmo totalmente diferente da literatura da época. Para mim, o ápice do livro é quando a criatura se aloja em uma cabana e começa a analisar a vida dos que a habitam, aprendendo a língua e a história do povo. A trama de gato e rato do final do livro foi bem maçante para mim.

    See you mates. 

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