"The cask of Amontillado"/ "O barril de Amontillado", um conto de Edgar Allan Poe.







 "O barril de Amontillado" consegue demonstrar em poucas páginas toda a maestria do Poe, a peculiaridade dos detalhes, a capacidade de mudar um personagem apenas com um frase proferida. Neste conto, encontramos o cenário perfeito para uma estória de terror: o carnaval de Veneza. Máscaras, vinho, bêbados e morte.

  Amontillado é um tipo de vinho produzido pela fermentação de determinada uva, considerado no conto um vinho muito caro e nobre (não sei se esse vinho pode ser considerado caro nos dias atuais). Montresor, nosso protagonista, aparentemente francês devido ao uso de expressões da língua ao longo da narrativa, estabelece seu objetivo logo no primeiro parágrafo. Ele fala que sofreu insultos de um certo Fortunato, e que agora iria esperar por uma vingança que viria em longo prazo.

  Montresor chama Fortunato, que está com os trajes apropriados para o carnaval de Veneza, com máscara e tudo, e relata que havia comprado uma pipa de Amontillado. O homem fica embasbacado, e até duvida que isso fosse possível, até sentimos um quê de deboche na fala de Fortunato. Montresor então diz que chamou outro conhecido em comum para verificar a autenticidade da pipa de vinho, justificando que não havia chamado Fortunato pois o mesmo tinha compromissos. Fortunato fica louco de orgulho e furor e diz que irá ele mesmo verificar o vinho, que esse conhecido em comum não conseguiria diferenciar o Amontillado de qualquer vinho barato.

  Com tochas em punho, os dois descem para uma suposta adega de Montresor, mas que ao longo do caminho revela-se como algo muito mais sinistro do que apenas um porão com vinhos. Paredes de ossos começam a surgir e um verdadeiro cenário de catacumba forma-se ao redor dos dois homens. Fortunato não desconfia que Montresor busca vingança em nenhum momento, mesmo quando Montresor profere a seguinte frase: "Nemo me impune lacessit". Essa frase, do latim, significa: "Ninguém me fere impunemente". Devido à ignorância de Fortunato em relação à língua latina, ele não faz ideia do destino que o espera ao final da catacumba.

  Chegando a algumas cavidades, Montresor afirma que a pipa está ao fundo de uma das aberturas, e pede para Fornutado entrar em sua frente. Quando Fortunato entra, na total escuridão e sem conseguir enxergar o fim da concavidade, depara-se logo com uma parede de pedra. Em apenas alguns instantes, Montresor o acorrenta a dois ganchos que estavam na parede. Com uma espátula e alguns tijolos que estavam escondidos atrás de uma pilha de ossos, Montresor começa a erguer uma parede com o objetivo de fechar a abertura da cavidade, e trancafiar Fortunato vivo.


 see ya.

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