Últimos dias (by me)

    Se eu pudesse caracterizar os últimos dias, seria mais ou menos assim: ansiedade, processo do meu visto, inquietação, aulas na faculdade que me fizeram questionar a minha presença nelas, aulas na faculdade que me fizeram questionar a minha presença no curso, aulas na faculdade que me fizeram questionar a minha presença na universidade, colegas de algumas cadeiras que falaram certas coisas que me fizeram questionar o quão longe a nossa raça humana vai conseguir existir, colegas em algumas cadeiras que me fizeram pensar que talvez a humanidade não esteja tão perdida assim, fiz uma receita by me de uma panqueca de couve (deve exister algo parecido na internet), descobri que usar "o mesmo", "os mesmos", "a mesma", "as mesmas" como referente para algo no texto está errado (fiquei abatido por alguns dias, mas já voltei ao normal), depois de um bom tempo com a cafeteira quebrada eu e minha mãe compramos uma nova (com milhas), descobri que não consigo ser freelancer porque odeio cobrar as pessoas, descobri uma palavra que se tornou uma das favoritas (dross), estou incessantemente buscando alguma série cool para começar, estou pensando que paguei dois reais em um café dos bem mixuruca naquelas máquinas que engolhem moedas, tive uma palestra/conversa muito interessante sobre o indígena na nossa sociedade (foi uma das aulas que fez eu voltar a ter fé na universidade), e agora estou refletindo que escrevi um parágrafo inteiro sem colocar um ponto final (isso aqui tá parecendo "Lavoura Arcaica" do Raduan Nassar). Pronto, tá ali o ponto. 


No more easter eggs for me.

  


   Qualquer conhecido que tinha a vontade de me presentear pode mudar os planos (mentira, eu ainda quero ovos de chocolate. Na verdade nem precisa ser ovos, qualquer tipo de chocolate mesmo). Só vim aqui mesmo para compartilhar a promoção de um box na Amazon de três livros clássicos de horror vitoriano em hard cover (sendo que atualmente estou lendo um deles, Frankenstein). Se você já tinha a vontade de comprar, vou deixar o link do Outside the cafe; lembrando que comprando por esse link você ajuda o blog a continuar com críticas, resenhas, devaneios e qualquer conteúdo futuro. Thanks mates, see ya. 

Leitura finalizada: "O aprendiz - As aventuras do caça-feitiço", de Joseph Delaney.


   Depois de muito tempo sem ler nenhum tipo de fantasia, ainda mais do gênero YA, pegar na mão o primeiro livro de uma série de um universo fantástico foi algo, me atrevo a dizer, nostálgico. Em alguns episódios da leitura fiquei recordando de quando comecei a ler HP pela primeira vez, de como os personagens e ações eram vívidos no meu dia a dia, de como os elementos da narrativa se mesclavam com minha rotina.

   O enredo e a linguagem empregada são simples, temos que atentar que esse é um livro feito para o público YA; mesmo contendo alguns elementos de terror que me surpreenderam, o desenvolvimento da estória é bem previsível. Normalmente em livros de fantasia, a complexidade do universo é sustentada pelo uso de um mapa; e nesse ponto o livro carece de um. Em alguns momentos, queria saber o que fica perto de tal cidade, ou o nome de um rio ou floresta, mas tudo acabou ficando na minha imaginação mesmo.

   Tom, o nome nem tão citado do nosso protagonista, relata os acontecimentos em primeira pessoa para o leitor; o livro segue a simples e tradicional jornada do herói, pelo menos ao longo do primeiro volume da série. Tom é o sétimo filho de um sétimo filho, e a situação de viver com seis irmãos leva cada filho a ter que tomar um caminho diferente de trabalho do campo. Os filhos então se tornam aprendizes de algumas profissões que já conhecemos de outros universos com ambientação medieval, como por exemplo, o famoso ferreiro da vila com sua barba e ombros robustos.

   Sendo o sétimo filho de um sétimo filho, Tom tem o destino de ser o aprendiz do Caça-feitiço, um caçador de criaturas como feiticeiras, ogros, sombras, etc. A Sombra, uma criatura citada anteriormente, nada mais é do que um fantasma que perpetua sua existência na terra por ter passado por alguma morte traumática. Tom possui o dom, ou talvez castigo, de sentir a presença das Sombras, por algum motivo que não é revelado concretamente ao longo do primeiro livro.

   Seguindo a jornada do herói, o primeiro livro segue uma transição do personagem para um universo antes desconhecido. Senti falta de descrições mais detalhadas sobre o breve treinamento do Tom, mas talvez isso seja uma peculiaridade minha. Sempre tenho mais afinidade pelo momento de treinamento de qualquer herói. O livro não cria nenhuma ambientação muito singular, utilizando alguns elementos já muito explorados, como bruxas/feiticeiras e toda a mitologia já conhecida por trás disso.

  Confesso que queria ter lido o livro no original, mas acabei pegando a edição da biblioteca para ver qual é que era dessa série. Se eu for continuar a leitura dos outros livros, quero tentar comprar as edições originais. O livro apresenta, ao menos a edição que eu li, com erros de pontuação. A tradução foi feita por Lia Wyler, a mesma tradutora de todos os livros do Harry Potter aqui no Brasil; mas confesso que não posso comentar mais nada sobre isso (~preguiça feels like~).


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Um dia feliz, um dia com bolo.

         Hoje foi um dia feliz porque eu comi bolo, e sinceramente, nenhum dia consegue ser ruim se começa com bolo, laranja fresca e café; estou apenas no aguardo da chuva. Hoje não tenho aula, thanks. Acho que vou assistir, depois de uns bons anos, um filme de herói, esses bem pipocões mesmo, "Black Panther" já que todo mundo estava falando sobre. Pela manhã fiquei enviando pedidos no CouchSurfing para hosts em NYC, preparei algumas aulas e comecei a ler um livro de fantasia, bem pipocão também; gosto de consumir literatura e cinema simplesmente por entretenimento às vezes. 

Leitura finalizada: "The perks of being a wallflower" / "As vantagens de ser invisível", de Stephen Chbosky.


Wallflower
a a person who from shyness or unpopularity remains on the sidelines of a social activity (such as a dance)

b a shy or reserved person

          É muito difícil não sermos influenciados por outras mídias quando consumimos uma obra que já havíamos conhecido antes; e no meu caso isso não foi diferente com este livro. Antes de ler "The perks of being a wallflower" eu já havia assistido ao filme, e gostado muito por sinal.  Talvez esse seja um daqueles singulares momentos em que prefiro o filme ao livro. Não quero entrar muito no quesito cinematográfico, mas existe sim uma diferença de qualidade (e talvez de mensagem) entre as duas produções. 

          A narração é estruturada em formato de cartas escritas pelo Charlie, com um destinatário não definido (Charlie apenas começa todas as cartas escrevendo 'dear friend'). Existem muitos debates em fóruns na internet discutindo para quem as cartas são destinadas, e posso dizer que tenho duas teorias (no final do post escrevo um pouco mais sobre isso). As cartas, narradas em primeira pessoa na maior parte do tempo, contam com uma linguagem muito simples, marcada pela insegurança, depressão e os sentimentos mais autorais, singulares e honestos de um adolescente que sofreu muito nos primeiros quinze anos de vida.

fiquei esperando o Charlie falar de 'Heroes' do Bowie, mas essa foi uma das modificações do filme mesmo. 

          O livro cobre o período de um ano na vida de Charlie, inicialmente muito marcado pela transição para o High school, a nova vida de freshman, rodeado por pessoas estranhas, sentado na cafeteria sem saber com quem conversar, e lidando com a morte de duas pessoas queridas na bagagem emocional. A primeira, a de sua tia, a qual Charlie nunca havia conseguido realmente superar, tentando encontrar explicações e culpa em si mesmo. A segunda, a de um de seus únicos amigos, Michael, o qual conhecemos apenas por alguns relatos das cartas de Charlie, e descobrimos que havia cometido suicídio. A situação de Charlie com sua tia talvez seja algo que eu não deveria escrever sobre aqui, se você já leu o livro sabe por que. Primeiramente porque esse pode ser um livro muito delicado para alguns, com tópicos enraizados em problemas sérios. Mas, digamos que a morte da sua tia não foi o que mais influenciou a vida de Charlie, mas sim o que ela fazia enquanto viva. 

          Os problemas são sutis, muitos estão escondidos na escrita de Charlie, e nós como leitores devemos ler nas entrelinhas para entender algumas motivações e a índole do personagem principal. Eu não sou psicólogo/psiquiatra/terapeuta, e admiro muito o trabalho desses profissionais, mas acredito que o livro pode ter um resultado negativo na vida de algumas pessoas que passaram por qualquer situação retratada no livro (estupro, abuso, suicídio, morte), e talvez o modo "raso" que o livro retrata alguns momentos delicados, não seja a melhor maneira de abordar esse tipo de assunto em qualquer literatura. 

          Os amigos que Charlie acaba fazendo são todos seniors, e acabam virando o grande suporte para o nosso narrador. Patrick (que na produção cinematográfica recebe um ator INCRÍVEL), Sam, Mary Elizabeth, Alice, Bob, e seu professor de literatura, Bill. A maioria dos personagens é bem estruturada, tirando alguns como Alice e Bob, os quais apenas recebemos algumas informações através das cartas. Mesmo com as poucas menções ao Bob, ri muito de alguns episódios com o chapadão da turma hahaha.

          Não faltam menções a filmes, músicas e livros na obra. Alguns livros que eu lembro: "The catcher in the rye", "To kill a mockingbird", "On the road",... Por se passar na década de noventa, fui apresentado a algumas músicas que não conhecia, e outras que já curtia muito. Sem esquecer de mencionar as milhares de vezes em que Charlie menciona 'Asleep' do The Smiths. Posso destacar duas que gostei muito, uma delas do Smashing pumpkins:




          Meu último recado é para quem está estudando a língua inglesa: leiam no original! O livro conta com um vocabulário muito acessível, e a forma que a narrativa é escrita facilita muito o entendimento do leitor (principalmente se essa for a sua primeira leitura em Inglês). Não posso dizer como ficou a tradução porque não tive nenhum contato com a versão em Português, mas com certeza perdeu um pouco da essência em muitos momentos em que Charlie usa vocabulários e insights da cultura americana (mates, aceitem, alguns elementos não 'aceitam' ser transportados de língua/cultura, e acabam perdendo a essência quando são interpretados de outra forma). See you mates.


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(Minha teoria sobre o destinatário das cartas)

          A primeira, e mais boring, seria que as cartas são escritas para o leitor. A segunda, mais interessante mas que não conta com tantos argumentos de suporte, é que Charlie estava escrevendo para aquele garoto que tinha o armário perto do seu no final do livro. Quando ele se apresenta para o menino e apenas recebe um "eu sei...", fiquei pensando que poderia ser aquele o destinatário. O motivo? Talvez seja uma pessoa que não critique o Charlie por não estar em seu convívio, e escrever para ele seria como escrever para um estranho. 

Vocês já leram o livro? O que acharam? Algum tópico para discussão? 



MILK, aka moloko.


          Com a imagem do Alex de Laranja Mecânica (A clockwork orange) trago o link do outside the cafe para a promoção da editora Aleph na Amazon. Por que o Alex? 1. eles vendem o livro "A clockwork orange". 2. tentei começar o livro em Inglês semana passada, mas acabei deixando para uma próxima leitura porque descobri que o Antonhy Burgess usa uma linguagem misturada com russo (apenas para algumas palavras, como "leite"). Lembrando que comprando pelo link você ajuda o blog com livros e cafézinhos. See you mates. 

         

Sobre o início do outono, cerveja, St. Patrick's day e palhetas.

     
foto original

          Os ventos do outono começaram a surgir de um modo tímido por aqui. A cada dia que acordo sinto que a temperatura começa a ficar mais amena; isso me faz pensar em como a mudança de estação é algo quieto, que se mistura em minha vida sem que eu me dê conta. A felicidade, ou alegria, realmente não sei qual termo devo usar aqui, também funciona assim. Às vezes penso que uma fase não tem fim, até o momento em que percebo que ela acabou sorrateiramente do mesmo modo que chegou na minha vida. Acho que ainda não escrevi aqui no blog de forma definitiva, mas acabei descobrindo semana passada (na sexta para ser mais exato) para onde vou ir trabalhar em junho no meu intercâmbio. Tive uma entrevista de cerca de uma hora com o Greg, um historiador que é engajado no acampamento que vou trabalhar. Vou para uma reserva natural que fica a uma hora de NYC, e ainda não estou acreditando (acho que vou começar a acreditar apenas uma semana antes). Além de toda a euforia de conhecer, viver e trabalhar em uma cultura diferente, fiquei muito animado ao descobrir que esse summer camp é na verdade um trabalho social. Home for the homeless camp é o nome do local, onde irei ajudar em atividades com crianças que ficam o ano inteiro morando em abrigos em NYC. Ainda não quero escrever nada sobre isso, afinal não vivenciei a experiência, mas apenas posso dizer que esse é o maior motivo da minha felicidade atual, da minha mudança de estado de espírito. Conseguir trabalhar e guardar dinheiro para fazer algo assim foi a maior conquista da minha vida so far. Para comemorar, fui num pub muito massa aqui da minha cidade durante o St. Patrick's day, tomei umas cervejas, conversei sobre a vida, escutei ótimas músicas, reencontrei meu antigo professor de guitarra e pedi a palheta que ele usou durante o show. Não fiquei com ela porque na verdade um amigo meu havia pedido, então acabei tirando só uma foto para deixar de recordação de uma noite foda (tenho umas fotos que nunca irão aparecer aqui por motivos de: too many beers). Enfim, por mais noites assim, conquistas e música boa. 

Leitura finalizada: "Um outro amor", de Karl Ove Knausgård.

          Chegou a hora de eu sentar e tentar colocar em palavras mais uma miscelânea de emoções que foi a leitura do segundo livro da série "Minha luta" de Karl Ove Knausgård, "Um outro amor". Existem dois elementos que chamam a minha atenção quando pego um livro na mão, antes de tudo a capa, e consequentemente o título da obra. Quando li o primeiro livro do Karl Ove foi algo totalmente inesperado, estava simplesmente passando pelos corredores da biblioteca quando vi um nome estranho escrito em uma língua diferente, e com uma capa que expressava muito dos sentimentos que eu estava sentindo naquele período. Olhando apenas para isso já consigo exaltar uma grande diferença entre os dois primeiros livros; "A morte do pai" e "Um outro amor". Enquanto que no primeiro acompanhei um mundo de descobertas, tristeza, solidão, e obviamente como diz o título, o modo que o autor encara a morte; na leitura do segundo livro, "Um outro amor", senti um Karl Ove diferente, em uma fase da vida totalmente estranha àquela que me foi apresentada anteriormente.

fonte: the globe and mail.


          Se a morte é o tema que abre a série de livros "Minha luta", o amor familiar é o cerne do segundo volume do autor. Nesse encontrei um Karl Ove que deixou muitas coisas de lado para se dedicar simplesmente aos três filhos, mas ao mesmo tempo um homem que possui muitos debates psicológicos com ele mesmo. O jeito que ele retrata os filhos chega a ser engraçado em alguns momentos, sombrio em outros, e normalmente com um ar desajeitado. O livro é marcado por muitas mudanças; um divórcio inicial, moradia em um novo país, novos amores, a chegada de um filho e novos amigos. Novamente fazendo um contraponto entre os dois livros que li, posso dizer que o clímax emocional do primeiro é certamente a morte do pai de Karl Ove, enquanto que no segundo me deparei com um momento muito diferente da morte, na verdade o seu oposto, o nascimento. Páginas e páginas sobre o dia em que a primeira filha do nosso narrador nasceu podem ser consideradas o ponto alto do livro. Nesse consegui sentir toda a emoção aflorando na escrita, e fiquei pensando em como deve ser conseguir ler em Norueguês no original. 


          "E no fundo, se colocassem uma faca na minha garganta, a escrita vinha em primeiro lugar" ("Um outro amor", Karl Ove Knausgård)


          Acho que esse pequeno fragmento consegue levantar muitas questões sobre o íntimo do autor, ainda mais sobre os nossos desejos. O que mais me fascina na escrita desse cara é o poder de reflexão que a maioria das coisas que ele escreve tem sobre a minha vida. Será que eu estou fazendo aquilo que eu realmente gosto, ou estou fazendo aquilo que dizem que eu deveria gostar? Por mais que Karl Ove ame sua família, existe algo em sua mente que diz que nem sempre aquilo é o mais importante para ele. Uma pessoa que nasce, cresce, conhece, estuda, perde, ganha, bebe, fuma, chora, sorri, ama, odeia com certeza não é a coisa mais simples de ser categorizada. 


"Malte, lúpulo, água. O campo, o prado, o riacho. E assim era em relação a tudo, no fundo" 
("Um outro amor", Karl Ove Knausgård).


          O modo que todas as pequenas coisas são analisadas pelo olhar crítico da narrativa é incrível para mim, ir ao pub e tomar uma cerveja consegue se tornar um modo de explicar toda a fundação humana; posso não entender muito de literatura e escrita, mas eu acho isso do car****.

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A breve arte de equilibrar uma xícara no escuro.

   Acordei com uma chuva torrencial lá fora, 05h30min da manhã; meu plano era começar a estudar para uma prova da cadeira mais difícil desse semestre, meu plano ainda não deu certo (calma, ainda é cedo). Escutei meus cachorros batendo na porta da garagem, mas sei que se eu abrisse para eles não haveria nenhum modo de eu conseguir estudar, ou fazer qualquer outra coisa, com calma. Passei um café, enquanto lembrava de um post que vi no Instagram de um cara que é barista dando dicas sobre como passar seu café melhor. Fiquei esperando a água do filtro baixar, retirando antes que o líquido chegasse até a borda. Tive brilhante ideia de desligar a luz antes de sair da cozinha; fiquei equilibrando a xícara na completa escuridão, ainda escutando a forte chuva com ocasionais sons de trovão. Liguei a luz, sentei na escrivaninha, apoiei a xícara na mesa e liguei o computador. Olho para tela e noto que uma atualização havia começado. Resultado? Fiz de tudo um pouco nessas duas horas desde que acordei; li mais um pouco de "Um outro amor" (estou acabando), li alguns sites de notícias (the guardian, the independent, etc) e fiquei pensando em como pode estar tão quente mesmo chovendo. Vamos fingir que foi a atualização que não me deixou estudar (se bem que é uma boa desculpa, se você tem Windows sabe quanto tempo essas atualizações podem demorar).  

Sobre conquistas, cafés e reflexões.


            Eu pensei em escrever sobre muitas coisas do dia em que eu finalmente peguei meu passaporte. Sobre a viagem até a serra, o precoce clima de outono, sobre algumas árvores que eu não tinha prestado atenção nas outras vezes, o café, a comida, e o fato de eu ter descoberto que dentro do passaporte existe um chip. Pensei em falar sobre quem me acompanhou; sobre o livro que levei, mas que acabei não lendo porque sei que ler no carro sempre me dá dor de cabeça (sinceramente não sei por que continuo levando livros em viagens de carro).

            Mas, algo muito mais consistente marcou esse dia para mim, algo que não tem nenhuma relação com o meu passaporte, nem mesmo com o que estava programado no meu itinerário. Aconteceu quando eu estava entrando no prédio da Polícia Federal, o qual é feito de vidro, possibilitando quem está na rua de olhar para dentro do recinto. Na PF existe um fluxo constante de imigrantes, porque é esse órgão que concede os vistos para quem está entrando no Brasil por motivos diversos. Perto de onde moro, o fluxo de pessoas oriundas do Haiti e de alguns países da África é bem constante (esses dias fiz uma apresentação na faculdade baseada em um artigo sobre o papel da mulher haitiana no ambiente da minha cidade, de tão pertinente que esse assunto está sendo). Não quero me estender nesse tópico agora, mas acho importante salientar que estes imigrantes vêm para o Brasil por motivos e histórias diversas.

            Voltando ao prédio e a situação. Quando eu estava indo abrir a porta, notei que um grupo de imigrantes estava saindo do prédio no exato momento em que eu estava entrando. Eles eram negros, mas sinceramente não sei dizer se eram originários do Haiti ou talvez de algum país Africano, apenas notei pela língua e pelo modo de se vestirem que não eram do Brasil. Fiz o que teria feito em qualquer situação; abri a porta e a segurei para que eles saíssem antes que eu entrasse – nada mais do que educação. Eu tratei esta situação como algo muito trivial, mas enquanto estava esperando o elevador descer, olhei de esguelha para fora do prédio (de vidro) e vi duas moças que estavam no grupo acenando avidamente para mim com uma alegria estampada no rosto. Aí ficou uma dúvida na minha cabeça; será que elas trataram essa situação como algo muito fora do normal, por terem passado por situações nada agradáveis em um país totalmente diferente; ou será que sofreram um choque de cultura. Queria muito saber o nome delas, ter tempo de parar e conversar sobre o motivo de estarem aqui e de onde vieram.

            Aconteceu em alguns segundos, mas isso marcou muito o dia em que fui pegar meu passaporte.  



Semana do consumidor na Amazon!


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Manjericão, cinema, serra.

   Eu queria muito começar a criar umas plantinhas aqui em casa, talvez alguns temperos, como manjericão ou qualquer outra coisa; acho que preciso de uma boa terra, sol, um vasinho e, obviamente, o majericão. Vamos ver se essa ideia vai persistir até o início da semana que vem. 

    Comecei a acordar às cinco da manhã, call me crazy, mas estou gostanto bastante da minha produtividade ao longo do dia. Consigo fazer muitas tarefas antes de todo mundo acordar; além de correr, quero começar a usar esse tempo para organizar a casa por aqui, estudar Francês, estudar um pouco para as primeiras provas da faculdade e adiantar um pouco minhas leituras. Escrever no blog de manhã também tem seu preço, mesmo que seja algo totalmente desconexo como o que estou escrevendo agora. 

   Fiz um amigo na faculdade e fomos correr juntos hoje pela manhã. A namorada dele faz cinema; não consegui não perguntar quais eram os filmes preferidos dela, mesmo não recebendo nenhuma resposta concreta. Conhecer pessoas novas é uma das minhas atividades favoritas, analisar como cada indivíduo se comporta em qualquer situação cotidiana é, na minha percepção, uma das coisas mais belas que podemos fazer. Desde coisas simples como arrumar o cabelo, até convicções enraízadas no íntimo de cada um de nós. Diariamente fico abismado com a diversidade desse mundo. 

   Comecei a ficar decepcionado com algumas coisas na faculdade, para falar a verdade eu estava de certo modo esperando isso acontecer. 

   Meu passaporte chegou (good news), e agora vou ter que arranjar uma carona para ir pegá-lo em uma cidade aqui da serra (kind of bad news). 

   See you mates. 
   

Leitura finalizada: "The fellowship of the ring" / "A sociedade do anel", de J. R. R. Tolkien.

   A leitura do primeiro livro de The lord of the rings (na verdade releitura, a primeira vez eu li em Português) não foi nada rápida, e não posso dizer que em todos os momentos foi prazerosa. Meu principal objetivo ao ler a obra foi perceber como era o nível de Inglês da escrita do Tolkien, e como algumas estruturas funcionavam na criação do autor. Hoje, ao ler a última página da estória fantástica que deu origem ao que muitas pessoas amam atualmente, fiquei pensando em como meu gosto literário mudou e continua mudando todos os dias. Havia um tempo em que eu lia apenas fantasia, e ficava sem olhos para qualquer outro tipo de literatura. Ultimamente não estou conseguindo imergir em nenhum universo fantástico, então fico com livros contemporâneos mesmo. O fato de que eu, como indivíduo, mudei muito ao longo dos últimos dois anos é uma ótima explicação para o meu gosto com relação aos livros ter mudado.

   Em muitos momentos esse é um livro de fôlego, e recomendo você ler no original apenas se tem uma afinidade maior com a língua; as descrições intermináveis do Tolkien (principalmente da geografia do local; nunca li tantas palavras que se referem à campo), vocabulário de um Inglês Britânico que entrou em desuso e o ritmo mais lento característico do livro podem tornar o "passo" da leitura complicado (sem falar das canções, que eu sempre tinha que respirar fundo para não pular). 

   Um crédito necessário que devemos dar a este clássico (sim, é um livro clássico, até estudamos brevemente na faculdade) é o da originalidade e criatividade do Tolkien. Simplesmente olhando para o mapa da Middle-Earth já conseguimos ter uma ideia do vasto universo (Cada montanha, vale, rio, riacho, floresta, raça, povo, história, etc). Acho que descrever a trama aqui no blog seria, no mínimo, perda de tempo; acredito que praticamente todas as pessoas no mundo conhecem a estória de The lord of the rings. 

   Achei interessante como a "densidade" do livro vai aumentando conforme a trama se encaminha para o final do primeiro livro. Logo no início tudo é muito feliz, deslumbrante; a maior preocupação que nos é apresentada é a chaleira apitando para o chá dos hobbits, o nível da grama de Hobbiton, os preparativos da festa de aniversário do Bilbo e os fogos de artifício do Gandalf. 

   Alguns fatores me intrigaram pela diferença quando comparados com o filme, principalmente com relação ao passar do tempo e a idade dos personagens. O Frodo, por exemplo, tem cerca de cinquenta anos no primeiro livro. Depois de o Bilbo desaparecer no final de sua festa, passam-se trinta anos até que o Gandalf volte para Hobbiton com a notícia do anel. Obviamente alguns personagens ficaram exclusivos para os livros, como Tom Bombadil (que eu nem achei um personagem tão chato como muitos haviam comentado comigo). 

   Essa foi a minha primeira leitura do mês de Março; Karl Ove Knausgård here I come. See ya mates. 

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mornings feel like + ofertas de livros.

 Sempre digo, mas vou continuar dizendo, que a manhã é a melhor parte do dia. 


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Divines (2016) - um tapa de luva na meritocracia e na vida baseada apenas nas escolhas.


   Divines (2016) é um filme que nos mostra uma Paris não tanto retratada na cultura geral; a parcela da cidade e da vida em sociedade que muitas entidades tentam esconder. O tema abordado não é novo, já vimos isso em La Haine (Mathieu Kassovitz), talvez um dos filmes que ficou mais popular por retratar a realidade nos Banlieues de Paris. Os Banlieues são distritos que se encontram ao redor do centro de Paris, mais conhecidos como guetos; muitos imigrantes acabam escolhendo morar nesses locais devido ao custo de vida e muitas vezes pela segregação da sociedade parisiense. Esses locais foram cenários de muitas revoltas (na década de oitenta e depois em 2005) contra a intervenção da polícia nessas comunidades, principalmente por parte de jovens (barravam a intervenção da polícia com pedras, queimavam carros,etc). Entender a situação nada favorável para o desenvolvimento saudável de uma criança e adolescente nesse ambiente é algo de extrema importância para entender a motivação das personagens ao decorrer da trama do longa. 

   Dounia e Maimouna são duas amigas com pais imigrantes, aparentemente muçulmanas, residentes de um gueto muito pobre, praticantes de pequenos furtos e com uma vontade incessante de ascensão social. No caso de Dounia, a protagonista do filme, a família instável é um grande fator para entendermos a sua situação atual; mesmo jovem, ela precisa cuidar da mãe bêbada, prover dinheiro, comida e água para casa. Entendemos o papel de Dounia na comunidade pobre em que mora com apenas algumas breves cenas no início do filme - ela mandando um menino parar de atormentar um cachorro, colocando a mão nos ombros de uma senhora limpando roupas, dando um pote de Nutella para uma criança e, ao final, preparando um banho para sua mãe em uma casa que não possui saneamento básico. Pelo pouco que aparece, entendemos que o pai de Dounia é drag queen, e ajuda a  fornecer dinheiro para a casa do mesmo modo que a filha. 

fonte: IndieWire

A família de Maimouna não teve tanto espaço no filme, conseguimos perceber apenas a grande motivação do pai com relação à religião, e a vontade de colocar a filha no caminho correto, mesmo com a realidade que os envolve. Mesmo quando as duas praticam pequenos furtos no supermercado, conseguimos entender a inocência no íntimo de cada uma, vemos a vontade de viver em um mundo melhor e de poderem apreciar as pequenas coisas da vida. Longe de toda essa realidade, Dounia e Maimouna encontram um pequeno refúgio ao ficarem suspensas em cima de um teatro usado para apresentações de dança; mas nunca, em hipótese alguma, podemos dizer que esse é um filme sobre a garota que é pobre, sofre em sua casa, mas depois consegue melhorar de vida com a dança. Não, esse filme é diferente. Ambas admiram a traficante da região com olhos marejados, e pensam em como seria a vida delas trabalhando para a mesma, conseguindo comprar os produtos que sempre sonharam. Um Iphone, um tênis da Reebok, comidas de primeira qualidade, etc. Motivadas por isso, ambas começam a vender drogas em pontos específicos para Rebecca. 

fonte: fimlaluation

   Acho que não preciso dizer que o filme é Francês. O elenco é sensacional, principalmente Oulaya Amamra (Dounia), atriz que teve maior participação no filme. Ela consegue criar uma personagem tão carismática, que sentimos vontade de consolá-la ao longo de toda a trama. Por favor, deem uma chance para Divines. Esse é um excelente tapa de luva para as pessoas que acreditam na suprema meritocracia, e que a vida de todos os indivíduos é baseada nas escolhas, sem seres moldadas pela sociedade que as cercam. Em suma, um ótimo filme. 

   

Vinho, cinema e gente bêbada na rua.

   Existem poucas coisas melhores do que receber uma recomendação de um(a) amigo(a) em uma manhã de domingo; ainda mais aquele tipo de recomendação que a gente não quer compartilhar com mais ninguém, só para aquilo ser algo particular entre as duas pessoas envolvidas. Em minha opinião deixa tudo melhor, uma das melhores sincronias entre dois amigos. 

   Faz dois dias que voltei a correr, não sei por que sempre fico um tempo sem ir; na verdade sei, mas vamos deixar assim. Eu gosto de acordar cedo, sinto que meu dia fica mais produtivo, consigo chegar em casa às oito da manhã e já ter feito muitas coisas anteriormente. Gosto do nascer do sol, de escutar um podcast e acompanhar qualquer tipo de música que eu esteja escutando no momento. No caso de ontem, enquanto ia caminhando até a pista atlética, passei por um grupo de pessoas bêbadas cantando e dançando no meio da rua, foi legal (OBS: eram oito da manhã de um domingo). Lembrei de alguns trechos de "Um outro amor", livro do Karl Ove. 

   Falando em leituras, eu estou bem empacado ultimamente. Estou no final dos dois livros que estou lendo, ainda os mesmo se você estiver interessado. "The fellowship of the ring" e o livro do Karl Ove que já mencionei. No caso de "The fellowship of the ring", as coisas estão meio paradas, mas quero acabar ainda hoje; ou amanhã, veremos. Mas, tudo é diferente com "Um outro amor", estou lendo bastante todas as noites, e fico cada vez mais imerso na escrita do meu novo escritor favorito.

   Voltei a assistir filmes (mais ou menos) no ritmo em que eu costumava assistir. Ontem fiquei fascinado com um filme Francês, mas o sono tomou conta forte de mim; até pensei em tomar um red bull, mas deixei para assistir hoje depois da faculdade. Quero escrever sobre esse filme depois que eu começar de novo e acabar de assisti-lo hoje. Também, pela primeira vez, assisti a Trainspotting. Ainda quero ver o filme de novo antes de fazer qualquer tipo de menção. Durante a semana passada assisti também a "Me, Earl and the Dying Girl", um filmezinho que eu não estava dando nada, mas acabou se revelando algo bem cool. A estética, fotografia e edição me lembrou muito os filmes do Wes Anderson (e, para mim, isso é um puta elogio). 

   Sábado uns amigos trouxeram uma garrafa de dois litros de vinho aqui para casa, e digamos que alguns padrões foram modificados naquele dia (hahaha); levando em conta que o vinho era de um boteco da cidade vizinha, que ele veio em uma garrafa pet de refrigerante e que custou dezesseis reais, a gente achou justo. 

   Voltei a estudar Francês em casa, mas tenho até medo de escrever sobre isso, porque já comecei e parei tantas vezes de fazer isso que nem consigo me lembrar. Tento estudar uns quarenta e cinco minutos todos os dias, preferencialmente antes da faculdade ou à noite, mas admito que não faço isso todos os dias. Acho que nunca fui tão longe no aprendizado, tomara que dessa vez dê certo. 

   Ainda esperando a resposta do meu application do intercâmbio de trabalho. Ansioso. 

   See you mates. 
   

A little question.

   Morning mates

   Eu estava aqui pensando em rever todos os episódios de Master of None e escrever resenhas individuais para cada um; senti falta da série, e também acho que esse seria um bom modo de criarmos algo mais interativo. Vocês achariam interessante? Assistiriam também? See ya. 

While We're Young e sorvete de avocado.


   Se ao longo do filme você não entendeu qual é o cerne da trama, a última cena de While We're Young consegue comprimir tudo em alguns cortes de segundos de duração. Ultimamente eu estou consumindo um tipo de conteúdo, tanto na literatura quanto no cinema, que tenha relação com a minha vida, ou que pelo menos eu consiga ao final do livro/filme sentir algo novo, diferente, inspirador ou revelador. Por isso que adoro os livros do Karl Ove - pelo mesmo motivo estou adorando o trabalho da Greta Gerwig; penso de forma diferente e vejo a minha vida através de uma nova lente (toda arte faz isso, né?). 

   While We're Young tem a mesma direção dos dois últimos filmes mecionados aqui no blog (Frances Ha e Mistress America), Noah Baumbach. No elenco encontramos alguns nomes já conhecidos - alguns que não me agradam e outros que relacionei com trabalhos anteriores. A atuação do Ben Stiller como Josh foi a peça que não me agradou, não sei por que, mas acho que sempre existirá apenas um filme do Ben Stiller que eu gosto: The Secret Life Of Walter Mitty. Não que a atuação seja ruim, mas quando vejo qualquer filme dele sempre tenho a sensação de ser o mesmo personagem; acho que a atuação carece de personalidade. Naomi Watts também foi meio água com açúcar; passou e nem vi. O outro casal de atores me agradou até, um deles é o carinha que fez Frances Ha (ou mais conhecido por alguns como o novo vilãozão do Star Wars), Adam Driver. Amanda Seyfried que fez uma ótima hipster, não teve tanto espaço no filme, mas mandou bem (melhor que os protagonistas em minha opinião). 

fonte: http://while-were-young.com/

   Josh (Ben Stiller) está no longo (alguns dizem preguiçoso) processo de produzir um documentário por mais de dez anos; aparentemente movido pelo sucesso de um primeiro trabalho, ele passa por um esforço mental e físico para tentar produzir esse novo filme. O problema é que a produção torna-se uma desculpa, o tema é fraco, chato, entediante e sem uma voz para falar com o público. Junto com essa luta no trabalho, Josh e Cornelia (Naomi Watts) vivem rodeados por um sentimento de estranhamento por estarem cercados de casais de amigos com filhos, que constantemente perguntam se eles irão ou não ter um bebê. Ambos estão na casa dos quarenta e não sabem o que realmente querem; já tentaram ter filhos, e o que consegui entender com relances de menções que o filme faz é que problemas de infertilidade incapacitaram tentativas prévias. Mas, ao mesmo tempo, eles se perguntam se aproveitam a vida do jeito que deveriam, ou do jeito que costumavam aproveitar. 

   Esse fragmento do filme retrata muito bem a impotência que temos com relação ao tempo. Josh e Cornelia são como nós, abismados pela velocidade que a vida passa e com dúvidas com relação ao que fazer com esse tempo que temos em mãos, quando eles se deram conta já estavam com quarenta anos. Com isso tudo que o plot do filme, pelo menos um deles, aflora. Josh e Cornelia conhecem Jamie (Adam Driver) e Darby (Amanda Seyfried), um casal hipster, que produz sorvete de avocado, constrói os próprios móveis, tem coleção de vinil e andam de patins. Os dois, que antes não estavam sabendo o que fazer com o tempo, ficam deslumbrados com a vida do casal vinte anos mais jovem. Aí o filme aborda algo bem interessante também - principalmente com o papel do Jaime; a falsidade e o modo artificial que alguns escolhem viver para chegar a determinado lugar. Mesmo assim eu queria muito provar um sorvete de abacate. 

   O filme é legal, talvez o final foi meio "jogado" ao vento. Definitivamente não comece por esse filme do Noah Baumbach, comece for Frances Ha, porque esse filme é lindo pra cace...