Mistress America - já quero uma camiseta da Greta Gerwig.

       Meu fascínio pela Greta Gerwig começou quando conheci Frances Ha, através de um amigo e professor de Inglês que é muito aficionado por cinema. Gostei do estilo dela, da vontade de se erguer ao redor de muitos, dos roteiros que tratam em suma sobre as pessoas e suas relações com as expectativas da sociedade. Mistress America conta com o mesmo diretor de Frances Ha, Noah Baumbach (namorado? da Greta), e roteiro escrito em conjunto com a Greta Gerwig (como em Frances Ha). Mistress America não é tão bom quanto Frances Ha, talvez devido ao seu final, mas acredito que conseguiu ser um filme com personalidades fortes e um roteiro, no mínimo, concreto.

       O contexto, um dos que eu mais adoro, é da vida em Nova York - principalmente de dois núcleos diferentes de vida. Em um deles, Tracy (Lola Kirke) está com 18, cursando a universidade em Nova York e se sentindo perdida no meio de tantos rostos estranhos. A Tracy é uma personagem bem instigante, mesmo depois de acabar o filme não sei se gosto dela, mas acredito que ao menos entendo seus motivos. Um dos maiores méritos do curso de escrita e literatura da tal universidade é entrar em um clube egocêntrico de escrita de short stories; ela e um amigo (na verdade ela quer mesmo é ficar com o cara), não diferente das outras pessoas do curso, querem muito fazer parte da sociedade dos douchebags. 

fonte: BIFF.no

       No outro núcleo, encontramos Brooke (Greta) com quase trinta anos, trabalhos variados e (kind of) irmã emprestada da Tracy. Achei a personagem complexa (como todos somos) porque, novamente, como aconteceu com a Tracy, não sei se consigo escrever algo concreto para explicar sua personalidade. Por isso que é tão incrível - descrever uma pessoa é uma das coisas mais difíceis de se fazer, e o filme consegue retratar muito bem essa inconstância dentro de cada um de nós. 


       Vocês já viram Lady Bird, quero muito ver essa semana ainda. See you mates.



     

Sempre bom confirmar minhas crises existenciais.


   Vou usar uma foto antiga da frente da minha casa para compartilhar o link da editora da semana com promoção na Amazon, e também pra dizer que estou publicando vários textos (literários ou não) autorais aqui no blog (sempre bom confirmar minhas crises existências por aqui). Se você estiver com vontade de conferir as promoções, só clicar na imagem, você ajuda o blog as fuck. See you mates.

Verdades que meu subconsciente sempre soube, mas havia esquecido de me avisar.

           
    Eu fiquei observando a tênue linha marcada pelo tempo que percorria a bochecha do homem que sentava ao volante. Não o conhecia direito; formalmente nunca tínhamos sido apresentados, mas existem algumas coisas que eu consigo entender apenas ao encontro do olhar. No dele eu sentia algo distante, reservado, inteligente. Os olhos dos quais a cor não me recordo mostravam um pai que talvez fosse endurecido pelo seu trabalho; pagava muito bem, mas em minha opinião tirava alguma coisa em troca também. A barba crescia naquela linha, e depois dela apenas a pele com o início das marcas da idade.

   Sentado, com pessoas que no ano anterior não eram minhas amigas, eu permaneci quieto por um bom pedaço do trajeto. Era noite com marcas de vento frio, eu estava indo para uma festa no meio do nada, mas enquanto sentia o ar frio que entrava pela janela aberta do motorista eu só pensava em uma coisa: aquela era a noite perfeita pra se estar sentado em qualquer outro lugar, quieto, com ou sem companhia, conversando e pensando sobre como a vida é estranha. Logo no caminho fiquei arrependido de estar indo para aquele lugar no quinto dos infernos, e a aura do homem de descendência Polaca, aquele com a linha na bochecha que eu fiquei observando até ele esgueirar seu olhar na minha direção, só piorou a situação. Havíamos passado por uma ponte, a janela aberta produzia um barulho forte devido ao vento. Será que ele realmente estava bravo e por isso estava dirigindo daquele modo? Normalmente eu odeio estar em um carro em alta velocidade, mas de algum modo aquele homem que eu havia visto apenas em alguns relances me passou uma tranquilidade absurda. Sob meu olhar tudo era mais poético à noite, até a minha cidade que consegue ser chata pra caralho.

   Cerveja? Não estava no clima de beber. Amigos? Muita saudade, saudade que eu nem sabia que estava dentro de mim. Saudades de rir de qualquer merda, de dobrar a barriga como um idiota ao lembrar as coisas que já haviam acontecido com a gente; saudades de ir mijar no mato e voltar com as melhores histórias, mas também voltar com um sentimento de impotência com relação ao tempo. A vida passa e não adianta o que a gente faça, essa merda tá acabando. Pelo menos nós temos noção disso. “Acho que a gente tá ficando velho pra isso”, um amigo com o qual já chorei junto falou naquela noite estrelada com uma lata de cerveja já quente na mão. Realmente. “Como foi que a gente se tornou os mais velhos desse lugar?” – “Essa é uma boa pergunta mate, essa porra tá passando rápido”. Até o toque no ombro ou aquele abraço mais demorado de uma garota não eram mais significativos para mim; talvez eu tenha até sido frio demais com uma delas - talvez fosse o cheiro de vômito do lugar, ou do esterco das ovelhas. Mas, mesmo com a música horrível e com o cheiro de cigarro mentolado misturado com bile; ter estado lá no meio de tantas pessoas serviu para alguma coisa. Eu disse coisas que nunca teria dito se eu estivesse cercado pelo silêncio, verdades que meu subconsciente sempre soube, mas havia esquecido de me avisar.  

Pasta friends



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Sobre o direito das mulheres e a sociedade.


       Um dos maiores problemas relacionados com o papel do professor, em minha visão, é a negligência do mesmo com relação ao papel social que sua profissão exerce. Não falo do papel social em um plano amplo, estou me referindo à sala de aula mesmo; tudo que é dito por quem está ministrando a aula é escutado e processado pelos alunos, seja opinião política, preferências ou o conteúdo da aula em si.
          Por outro lado, o que é um grande problema pode se tornar uma forte virtude. O professor, quando ciente do seu papel, transmite seu conhecimento através do diálogo, mostra o caminho do respeito e, principalmente, auxilia os alunos na ampliação de suas visões de mundo.
          Tenho uma professora na faculdade que merece todo o reconhecimento do mundo. Um mulherão, no melhor sentido da palavra; uma pessoa culta, inteligente, ciente do seu papel social, calma, forte, com total domínio do diálogo e defensora de seus direitos (do de todos na verdade). Já viajou para vários países pela universidade, conheceu pessoas do mundo inteiro e posso afirmar que é a melhor professora que tive até hoje. Aquele tipo de pessoa que dá vontade de você levantar e bater palma.
          Ontem à noite, na disciplina em que ela leciona para nossa turma em questão, começamos a ler um texto da Eliane Brum, “As mulheres que dizem não”. Confesso que não havia tido nenhum contato muito forte com a jornalista, sei que ela costumava publicar alguns textos na Época (que se tornou uma revista nem um pouco imparcial), mas agora publica na filiação brasileira da revista espanhola El país. É uma mulher inteligente, forte; consegui sentir isso lendo apenas esse texto de sua autoria.
          O texto discutido em aula trazia o direito das mulheres em pauta, e a crescente luta das mulheres na sociedade em que vivemos. Já quero dizer que apoio qualquer movimento que busque direitos mais amplos e que mude as bases preconceituosas de uma sociedade. Acho que ainda existem muitos homens escrotos por aí sim, uns até mesmo naquela sala de aula em questão.
          A discussão não foi muito calorosa, não sei se quem era contra ficou quieto para não ser atacado, ou simplesmente não queria iniciar uma discussão. Mas, ao longo da leitura do texto, vi muitas cabeças balançando e bufadas contidas. Não sei se era pelo discurso forte da autora, pelas verdades doloridas para alguns que ela proferiu, ou se pelo vocabulário que toca na ferida.
          Tenho um amigo que discordou de algumas coisas do texto; diria até que é um dos melhores amigos que tenho. Mas, a diferença entre ele e outras pessoas, é que após DIALOGARMOS sobre o texto, conseguimos chegar a um consenso e acredito que ambos saímos diferentes da discussão, com ideias que antes do DIÁLOGO não possuíamos. Discordar, na minha visão, não é o problema. O problema é quem ficou lendo com uma cara de deboche e soltando umas bufadas esporádicas.
          Ao final, escutamos alguns relatos, e como a classe de uma faculdade é algo muito diverso e nada singular, os debates sempre são a melhor parte de uma aula. Talvez o que mais me marcou foi o que um cara que estuda engenharia elétrica disse; ele trabalha (ou trabalhava) em uma fábrica aqui do Rio Grande do Sul, situada na Serra Gaúcha, uma indústria muito grande na verdade, com reconhecimento no Brasil inteiro. Na fábrica em questão, as mulheres estavam se reunindo com os sindicatos para fazerem um protesto contra uma nova norma da empresa, na qual elas deveriam descansar quinze minutos depois de um tempo X de trabalho. Os homens não precisavam, podiam trabalhar direto. Todos nós, inclusive a professora, ficamos chocados por isso estar acontecendo em 2018, e ainda mais aqui perto da nossa cidade. Acho que depois daquele relato, um conceito que apenas não passava de teórico, virou um exemplo prático.
          Que caminhemos para o diálogo e progresso (a não ser que o progresso não seja tão positivo assim).
 

Leituras atuais



   Já quero começar dizendo que estou lendo tantas coisas ao mesmo tempo, que estou começando a pensar em aumentar o grau dos meus óculos novamente. Não, nem tudo que estou lendo é romance, nem tudo é para o meu prazer; estou lendo muita coisa pra faculdade. Mas, acredito que desses livros kind of boring vocês não querem saber, então vou fazer um update bem por cima do que está acontecendo na minha vida literária. 
   Ainda lendo "The fellowship of the ring", e estou conseguindo avançar bastante diariamente na leitura. Cheguei no capítulo da reunião da comitiva do anel com o Elrond, segundo muitos já passei da parte mais densa do primeiro livro. Esse é um dos livros em Inglês que estou lendo esse mês, o segundo é um livro da Oxford chamado "How Languages are learned", puramente para fins acadêmicos. 
   Sigo com o meu incrível Karl Ove sempre antes de dormir (na verdade sempre que possível durante o dia também, já falei que amo a escrita desse cara). Estou adorando ler novamente a perspicácia do cara em discutir sobre qualquer tema, e sobre seu humor negro nas descrições da sua rotina. Também dos relatos que ele faz sobre a velinha russa que era vizinha deles enquanto Linda (mulher do Karl Ove) estava grávida. Talvez seja impressão minha, mas acho que diferentemente do primeiro livro, o segundo contém mais "devaneios" do autor, mas não no sentido ruim, mas sim filosofando sobre temas mais profundos. Mesmo com tudo isso, a escrita do Karl Ove é muito acessível e ao mesmo tempo transportadora de conhecimento e reflexão. Estou ainda na página 130 se não me engano. 


   Minha terceira leitura, também da faculdade, foi instigada por uma professora incrível que lecionou ontem à noite. Depois da aula dela tive que passar na biblioteca e pegar um livro sobre educação e conhecimento do Edgar Morin, um "francesinho" muito simpático e inteligente. 

(ainda tô querendo voltar com o meu projeto de aprender Francês)

   Vamos ver se vou conseguir manter esse ritmo de leituras, vou precisar de bastante café depois da aula. O que vocês estão lendo? See ya mates. 




Everything sucks! - and I said, "What about Breakfast at Tiffany's?".

 
   Enquanto aguardo o início da aula na lanchonete do prédio mais isolado da minha faculdade, decidi escrever ao som do bip do micro-ondas e da sensação do ar-condicionado na minha nuca, uma resenha para essa série bacana que acabei ontem à noite. Everything sucks! é uma série que me fez pensar se quando eu estiver mais velho vou conseguir encontrar alguma produção sobre a adolescência da minha geração.

   A produção da Netflix toma como plano de fundo os anos noventa, com seus metros incontáveis de fita VHS e as marcantes bandas punk. Tudo se passa em Boring, Oregon; sim, o nome da cidade é Boring mesmo. Luke entra no high school, junto com seus amigos McQuaid e Tyler, e começam uma nova jornada de conhecimento sobre várias facetas de suas vidas. Obviamente, como é marcante dessa transição entre infância e adolescência, a maioria das descobertas estão relacionadas com o mundo sexual/tentar encontrar seu espaço. Mas, o característico primeiro contato com o álcool também está presente (sem mencionar a tentativa de ficarem chapados com eggnog). Os três logo tentam se encaixar em algo dentro da escola, e acabam entrando, digamos, no clube de cinema e filmagem.

   A série me fez pensar em como as tecnologias realmente demoram para chegar no Brasil, ainda mais nos anos noventa. Se eu pensar um pouco no início da minha infância (2004, 2005), consigo lembrar de elementos que estavam presentes na série (que se passa em 1996); lembro perfeitamente da locadora de fitas VHS que ficava perto da minha casa na pequena cidade que eu nasci (aposto que você também deve ter aquela fita verde do Rei Leão aí na sua casa).

   A trilha sonora é muito boa; tem Oasis (já curti mais do que curto ultimamente), The Offspring (muito cool, estava escutando enquanto caminhava para uma aula esses dias), Deep blue something (and I said, "What about Breakfast at Tiffany's?"); musicalmente os anos noventa foram foda.

   Talvez um erro da série seja querer abrangir muitos plots em apenas dez episódios, algumas tramas que foram abertas ficam soltas ou simplesmente esquecidas. O modo de retratar a descoberta sexual, e também de externalizar os pensamentos de alguém que vive com dúvida sobre sua orientação sexual, é bem sutil.

   Alguém aí já viu? See ya mates.





Eu era secretamente apaixonado pela Italiana que trabalhava nesse café.


   Colocando a foto da Italiana que trabalhava em um café da minha cidade (e que eu era secretamente apaixonado) para deixar o link de algumas promoções da Amazon (já que fazia tempo que não colocava alguns links aqui). Lembrando que eu ganho uma pequena comissão com as compras, e assim você ajuda o blog com livros e cafézinhos. Thanks and see you mates. 

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Carpete rules.

      Posso dizer que sou mesmo o college guy, o cara que é entusiasta desse universo. Digo com orgulho, porque nunca havia experimentado algo tão diverso e interessante quanto o ambiente acadêmico. Conheço diariamente pessoas de diferentes faixas etárias, origens, filosofias, cursos, ideais, vontades, sonhos e realidades. Hoje decidi vir para a biblioteca daqui e fazer alguma coisa produtiva. Escrever um pouco, manter o blog mais atualizado agora que estou com um tempo livre, ler alguns artigos para a aula de hoje à noite (também me preparar para as aulas de Inglês). Fiz um business card para meu job de tradução e versão, e pensei em distribuir aqui na faculdade, mas ainda não sei se gostei do resultado final. Fico cada dia mais ansioso para a chegada de Junho e do meu intercâmbio, mas ao mesmo tempo sinto que vou sentir muita saudade do meu curso. Ontem, quando cheguei da aula à noite, enquanto comia um sanduíche de couve com cenoura, fiquei pensando em quão incrível a aula tinha sido (mesmo que no início pensei que teria que levar uma garrafa de dois litros de café para conseguir aguentar as formalidades que levaram quase duas horas para serem ditas, mas isso se deve principalmente por ter sido a primeira aula dessa cadeira). A cadeira em si é Conto e Crônica; em suma, lemos alguns textos e discutimos sobre nossas opiniões, é algo bem aberto e democrático. Adorei notar como as opiniões podem divergir em uma sala com menos de trinta pessoas (e também fiquei rindo de uns memes na tela do computador de uma menina que sentou na minha frente; juro que não estava bisbilhotando, mas a nossa sala tem as classes distribuídas em forma de arquibancada, e sendo que eu estava na última e mais elevada fileira, acabei passando o olho). Adoro como a gente gosta de dar algumas explicações como essa que acabei de dar, ao invés de admitir que simplesmente estávamos olhando a timeline do twitter da menina mesmo hahaha. Em outra cadeira, uma das professoras mais incríveis da vida, pediu que falássemos sobre alguma leitura que estivéssemos fazendo no momento (ou até mesmo algum livro que lemos e achamos digno de nota);  vou unir o útil ao agradável e falar sobre o segundo livro do Karl Ove ("Um outro amor", minha leitura atual). Sim, ainda na leitura de "The fellowship of the ring", páginas 310 para ser mais exato). See you mates, vou tentar fazer algo aqui. 

PS: Adoro o carpete dessa biblioteca. 



Quando me perguntam o que faço da vida.

   Às vezes tudo parece estar em equilíbrio em minha vida, até o momento em que olho para dentro e me vejo perdido. A agonia de não saber aonde enfiaram o brilho da minha infância, aquele que eu segurava em minhas mãos com o mais largo sorriso no rosto. Infância não aquela na qual eu brincava na escola e aprendia um pouco sobre como funcionavam as coisas, mas aquela na qual eu acordava todos os dias com vontade dentro do peito. Infância essa que pode acometer até pessoas com a cara marcada pelo tempo, a mesma que na falta deixa a face sem sentido e cor. Falo da infância que coloca um filtro sobre nossos olhos, nossos pensamentos, nossos sonhos, tornando tudo mais aceitável.

   Durante a passagem do dia, aquele que já perdeu sentido para muitos, procuro o brilho que escorreu lentamente e sem explicação das minhas mãos, como areia, como água, como ar. Não sei quando aconteceu, nem o porquê; sei que me senti impotente, como alguém que assiste a um assalto esperando que nada de ruim aconteça. Se me perguntam o que faço da vida, respondo que procuro dar mais sentido a ela; procuro encher o bule de café e também descobrir quem vai beber desse líquido escuro. Olho para tudo com entusiasmo, e com força para não o deixar fugir de mim. 

   Não sei se gosto de voltar pra casa, não sei se quem deita sou eu ou apenas o que restou. Não sei o que espero, será que algo muda mesmo nessa vida?

Café solúvel é o dark side.

   Se existe uma coisa que mudou com o início do semestre é o horário que estou indo dormir, obviamente fazendo algo produtivo nesse meio tempo. Todas as minhas aulas são noturnas, chego em casa, como alguma coisa rapidamente, preparo algumas aulas, continuo minhas leituras atuais e me preparo para a cadeira do próximo dia (tenho aula todos os dias agora). Estou lendo o segundo livro da série "Minha luta" do Karl Ove Knaudgard, e já estou voltando a sentir aquela mudança repentina no meu modo de enxergar algumas facetas da vida. Esse segundo livro, pelo menos nas primeiras cinquenta páginas, aborda um assunto muito diferente da primeira obra da série. Quero deixar minhas opiniões mais concretas para uma grande resenha que pretendo escrever. Ontem tive uma aula sensacional com uma professora incrível de literatura e produção textual, aquele tipo de pessoa que faz você realmente afirmar sua escolha de curso. Já vi que vou sentir falta da faculdade quando eu for trabalhar fora em Junho. Outra grande (e assustadora) diferença que consegui notar com o início do semestre foi a minha escolha de tomar café solúvel assim que chego das aulas. Eu sempre fui o cara que gostou de passar seu café, mas posso dizer que ultimamente estou aderindo ao dark side porque é muito mais rápido e prático; não estou falando que é bom, apenas que é prático, fácil e tem cafeína (também meu filtro está acabando). Preciso daquelas cafeteiras burguesas que fazem o café com horário programado hehehehe. Ainda estou lendo "The fellowship of the ring", na verdade estou pasmo com a minha nova capacidade de manter duas leituras em andamento, ainda não deixei nenhuma das duas de lado. Acabei de ver um vídeo com um título "estudando quinze horas por dia" ou algo de gênero, de uma menina Britânica, e ainda estou tentando entender como. Quero tentar voltar a escrever com a mesma frequência do mês passado aqui, mesmo que às vezes sejam apenas uns textos aleatórios sobre o que está acontecendo na minha vida. See ya mates. 



Cheguei da faculdade e...


 Segundo livro do Karl Ove (estou muito ansioso para começar, mas antes quero terminar "The fellowship of the ring". O café é solúvel mesmo porque queria algo rápido, e acredito que hoje vai ser uma madrugada daquelas (infelizmente não de leituras). Algum de vocês está cursando alguma coisa? Estão curtindo? See ya mates. 

Leitura finalizada: "O natal de Poirot", de Agatha Christie.

   Pelos pedidos incessantes de um amigo, depois de ficar ouvindo inúmeros comentários sobre aquele que seria o melhor livro que ele já tinha lido da autora, finalmente pedi a obra emprestada e fui ver qual era. Já vou dizer que não sou muito fã desse tipo de romance, sobre crime e investigação, mas quando li a estória, tentei olhar tudo sobre um viés um pouco diferente. Agatha Christie já escreveu mais de sessenta romances com a figura do detetive Hercule Poirot; nunca tive nenhum outro contato com o detetive, então acredito que não posso argumentar muito sobre seu personagem. Mas, fica difícil ler essa obra, com um personagem tão característico, e não fazer um paralelo com talvez o maior detetive de todos os tempos: Sherlock Holmes, do Conan Doyle. Li apenas um livro do Arthur Conan Doyle, "O cão de Baskerville" e isso foi um bom tempo atrás. A maior comparação que posso fazer, levando a minha opinião fraca de quem leu apenas uma obra de cada autor em conta, é de que senti falta de um personagem mais atuante na obra "O natal de Poirot". Não sei se isso é um padrão da autora, mas pareceu que Poirot realmente fez algo na estória apenas no final do livro, quando ele apresentou a resolução do crime para os personagens da trama. Durante todo o desenvolvimento fiquei esperando uma maior atuação do personagem, mas o que acabei encontrando foi um detetive que ficava "na beirada" de tudo. Mesmo assim, tudo é bem interessante e intrigante. A trama é baseada em um assassinato a sangue frio ocorrido em uma reunião de natal da família Lee. A vítima em questão era Simeon Lee, um velho orgulhoso e com uma riqueza adquirida com negócios na África do sul. Todos na casa tornam-se suspeitos; filhos, empregados e até uma neta que veio da Espanha. Falando um pouco sobre o contexto histórico, o livro foi publicado em 1938, então podemos sentir um clima de entre guerras e até algumas menções históricas, por exemplo, da situação da Guerra civil espanhola (que começou em 1937), e até mesmo da situação econômica da Europa, com suas potências imperialistas e suas colônias. O livro é cool, mas estou sem interesse para ler outras obras da autora, pelo menos no momento. See ya mates. 

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Leituras atuais: um pouco de Tolkien e Agatha Christie.

  Estou fazendo algo que normalmente não funciona para mim, com relação as minhas leituras atuais, que é ler mais de um livro ao mesmo tempo. Em poquíssimos casos ler duas obras conjuntamente funcionou para mim, sempre eu largo um livro e começo a dar uma atenção maior para o outro. O máximo que consigo fazer é ler algum livro didático e um romance ao mesmo tempo, nem mesmo intercalar entre as línguas funcionou para mim (ler um livro em Português e outro em Inglês, que é o que estou novamente tentando fazer agora). 
   No momento estou lendo o primeiro livro do "Senhor dos Anéis" em Inglês, "The fellowship of the ring" ou "A sociedade do anel". Eu comecei a ler Tolkien como um desafaio para o meu vocabulário na língua Inglesa, mas acabei notando que, por exemplo, os livros do Martin são bem mais difíceis nesse aspecto. Eu sempre via o pessoal falando sobre as complexas descrições do Tolkien (que realmente estão presentes até o momento que estou lendo), mas acho que depois de ler todo o box de "A song of ice and fire" eu fiquei meio que calejado nesse aspecto. Estou gostando bastante até da leitura, estou no capítulo "In the house of Tom Bombadil" e estou gostando bastante até do personagem do Tom Bombadil, diferente da primeira vez que li os livros uns anos atrás. Achei muito interessante ler um pouco mais sobre os hobbits no início do livro, sobre suas moradias, preferências e histórias. Acho o humor do Tolkien em alguns momentos muito, digamos, "Britânico" e genial. As descrições do aniversário do Bilbo e de seus convidados são incríveis. Achei interessante, como em vários livros e obras que foram adaptadas para o cinema, como a passagem de tempo é muito diferente se comparada ao filme. Por exemplo, passam-se vinte anos até que o Frodo saia em sua jornada para o Leste. Falando em Frodo, ele tem cerca de cinquenta anos na história do primeiro livro (tudo bem que isso é considerado um hobbit novo, se levarmos em conta que a maioria dos hobbits vivem mais de cem anos). É estranho pensar, incrível na verdade, como uma pessoa (Tolkien) conseguiu criar um universo e um tipo de literatura fantástica tão complexo. É tudo MUITO detalhado (Tolkien devia jogar RPG durante a primeira guerra mundial, junto com o C. S. Lewis). Como acontece comigo em muitos universos literários, em alguns momentos me sinto muito imerso na obra, e em outros fico tipo: "whatever". Estou repetindo incessantemente a palavra orvalho em Inglês depois de lê-la repetidas vezes no capítulo da "Old Forest", "dew" é a palavra (o que também me faz pensar no refrigerante "Mountain dew"). 



   A segunda leitura eu comecei essa manhã mesmo, quando acordei ainda sonolento. Ontem saí com uns amigos e quando voltei estava com um livro da Agatha Christie nas mãos. Não sei como, mas meu amigo que é viciado nela disse que eu precisava ler o livro "O natal de Poirot" e acabou levando pro nosso rolê (hahahaha). Prometi que leria o livro ainda essa semana pra dar um feedback, o livro é curtinho até. Li umas quarenta páginas antes de ter que cozinhar alguma coisa (ontem comprei grão de bico, estou felixxx). Não tenho muito que opinar, apenas que muitos personagens foram inseridos até agora, mais de dez personagens em menos de quarenta páginas. Também que a Agatha Christie viveu no mesmo período do Tolkien, e já vi algumas inserções de elementos da primeira guerra mundial, principalmente em Londres, onde a estória desse romance se passa. Segundo esse meu mate, esse é o melhor livro da autora que ele leu até agora. Vamos dar uma chance então, nunca li nada dela. E o que vocês estão lendo? See ya mates. 


saudade do inverno

chocolate amargo com menta.

usando a mesma foto porque estou sem criatividade ultimamente

  

   Hoje acordei com dor em todos os músculos do corpo, nice, começamos o dia bem. Hoje fiquei pensando sobre algumas coisas da vida mesmo, enquanto esperava na fila do banco para pagar o meu passaporte (o que me fez pensar: passaporte não deveria ser gratuito? Ou pelo menos uma taxa um pouco menor). Li um pouco de Senhor dos Anéis, mas aquele ritmo que ficou comigo nas primeiras cem páginas, quando eu realmente estava gostando de ficar naquele universo, parece que não está mais comigo. Mas, não vou abandonar o livro, talvez seja só o momento ou a parte que estou lendo mesmo. O que eu estou com (MUITA) vontade de ler é o segundo livro do Karl Ove. Também fiquei questionando algumas decisões que fiz esse ano e ano passado. Quero muito que junho chegue logo. Também queria comer um chocolate amargo com menta, mas acho que vou me contentar com o almoço de vegetais. 







Mood.


   Odeio ficar um dia sem escrever no blog, mas hoje foi um dia longo (ainda está sendo). Vou tentar escrever depois, see ya mates.

~terças são estranhas~


Aproveitando essa foto da minha leitura atual (não pensei que seria tão de boas ler Senhor dos Anéis em Inglês) vou deixar o link das ofertas do dia da Amazon na foto. Lembrando que você ajuda muito o blog (livros e cafézinhos) comprando pelo link, see ya mates. 

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só clicar na foto, t e c n o l o g i a

Comecei a fazer uma lista de lugares que quero conhecer.

foto original

   Estou em um momento da minha vida que consigo, ao menos, afirmar uma coisa: estou me sentindo orgulhoso de mim mesmo. Orgulhoso porque estou conseguindo bancar todas as dispesas do intercâmbio que vou fazer em junho (é de trabalho, se você não acompanha tanto o blog, por isso que estou conseguindo pagar as taxas e tudo mais). Fiquei orgulhoso de chegar nos meus pais e dizer que todo o dinheiro que eu tinha economizado, com minhas aulas de Inglês e algumas traduções esporádicas, conseguiriam pagar tudo que envolve minha ida para os EUA. Também fiquei orgulhoso porque me pego pensando em como eu estava ano passado, no último ano do Ensino Médio. Todos os dias uma ansiedade se abatia em cima de mim, eu ficava me preocupando com tudo e todas as coisas, até que hoje consigo dizer que isso passou. E sério, eu ter saído da escola ano passado e estar conseguindo pagar isso é do caralho (sim, minha mãe paga minha faculdade, não sou nada independente, que isso fique claro). 

   Mas, usando isso como introdução, queria dizer que já descobri como quero usar o meu dinheiro daqui pra frente. Quero economizar (quando eu digo economizar é economizar mesmo) e usá-lo para conhecer os lugares que sempre estiveram na minha cabeça; e não ficar comprando roupas das quais eu não preciso ou um celular novo (do qual eu também não preciso). Tudo bem eu comprar um livro ou tomar um café durante a semana, mas acho que vocês entenderam do que eu estou falando (não ser tão consumista, em todos os pontos). Então tá, fiz uma lista, uns destinos que quero conhecer há muito tempo, outros eu adicionei esse ano mesmo. Isso vai acabar servindo como um incentivo/to do list pra daqui uns anos (o meu "eu" de vinte e poucos anos vai poder responder se eu consegui fazer isso). 

(pensei em escrever sobre cada destino em um post diferente)

   PARIS

   Tenho um fascínio muito grande por tudo que envolve a cultura francesa, principalmente a gastronomia (já pensei em fazer graduação em gastronomia, mas acabei mudando de ideia), cinema, literatura e arquitetura. Acredito que simplesmente caminhar à noite pela cidade, bem no estilo Woody Allen, seria uma das coisas mais incríveis pra mim. Tentar me virar com algumas palavras soltas do meu Francês (praticamente inexistente, mas juro que tô tentando), pegar uma baquete em uma boulangerie (e provavelmente receber olhares de desprezo dos parisienses pelo Francês falho), fingir que estou em um filme do cinema contemporâneo, simplesmente fotografar a arquitetura (com a câmera e com a mente), conhecer a Shakespeare & Co., ver a história viva nos museus e nas ruas. Esse com certeza é um highlight na lista. Também provar um macaron, parece ser muito bom. Comecei a gostar da França principalmente pelo cinema e pela comida. Sempre que posso (se não envolve carne) cozinho algumas receitas aqui em casa (o ratatouille que eu fiz ficou muito bom, minha família pode provar). Já o cinema, costumava consumir muito mais do cinema Francês do que estou ultimamente (se você tiver alguma recomendação, pode comentar). Às vezes, quando realmente estou nos momentos de ócio extremo e, digamos, "vagabundagem", fico passando por umas contas de Flickr ou Tumblr de fotos de Paris e simplesmente imaginando qualquer coisa. Também costumava acompanhar um blog/podcast sobre uma mulher que morava em Paris e falava sobre música Francesa (o blog é esse aqui: sobocéudeparis). Espero, e quero trabalhar bastante pra isso, que esse destino seja o primeiro a ser riscado da lista. See ya mates. 


Queria ter um máquina de espresso em casa e acabei de pensar em um grande furo de roteiro de uma série que estou assistindo (tenho que trabalhar melhor nesses títulos).

foto original
   Aparentemente eu desenvolvi uma boa técnica de hábito (não sei se realizar uma tarefa por dois dias pode ser considerado um hábito, mas para a alegria de todos, e principalmente minha, vamos dizer que sim). Correr escutando um podcast ou música (pensando na vida sempre), tomar uma ducha, fotografar alguma coisa aleatória e escrever aqui (uma das coisas que mais me dá prazer ultimamente). Fazia um tempo que eu não fotografava, e assim fico feliz de conseguir usar minha câmera e minha lente 50mm que eu gostava tanto. Ultimamente estou bem mais alegre e de boas com a vida do que eu costumava estar, espero que todos vocês estejam com esse feeling (ou que passem pelos ruins). See ya mates (queria escrever mais, mas tenho muitos compromissos hoje :/). 


Segundas e produtividade.

tirada essa manhã mesmo


   Acredito que não estou sozinho nessa: eu amo as segundas-feiras. Enquanto voltava da minha corrida hoje bem cedo (finalmente consegui reunir todas as forças, e ao invés de aproveitar o conforto do cobertor, escolhi um podcast e fui correr na pista da minha universidade). Para minha surpresa, lá fora tinha uma brisa que deixou o clima mais ameno do que eu pensava que estaria, e foi aí que fiquei pensando que realmente deveria ter ficado na cama (ou ao menos colocado uma camiseta de manga comprida). Estou usando tudo isso para dizer, de um modo um pouco estranho, que eu tenho um fascínio pelas segundas-feiras. Por mais que a semana não passe de uma convenção que nós humanos criamos, e que para o universo tanto faz se é segunda ou sábado, eu gosto e sou muito apegado a essa sensação de novo ciclo que o início da semana consegue nos dar. Sem sombra de dúvida o dia em que eu estou no meu nível máximo de produção (trabalho, leituras, estudo, exercícios, etc) é nas segundas-feiras. 
   Consigo sair para correr com um "entusiasmo" (notem as aspas porque eu não conheço nenhum ser humano que tenha vontade de sair para fazer exercício antes das sete da manhã; pelo menos sou sincero e admito que vou porque faz bem hehehe); chego em casa, tomo um banho, faço um café, uma tapioca, sento, escrevo aqui e depois segue o dia. Acordar cedo pra mim é um ritual de todos os dias, mas nas segundas a prática é ainda mais intensa. Hoje, não tão diferente de outros dias, escutei um podcast do Dear John and Hank (muito bom) e descobri uma playlist muito cool (é uma pronta do Spotify, 90s rock renaissance). Também, como eu muitos outros dias, fiquei pensando nas pessoas que passavam por mim de carro indo para o trabalho, e se algumas delas teriam o mesmo sentimento que eu tenho com relação às segundas, e também em quantas odeiam seus trabalhos e, consequentemente, odeiam as segundas-feiras. 
   Acho que esse pode ser um bom medidor da sua satisfação pessoal e profissional no momento, o quanto você gosta do início da semana, e o quanto você se vê "livre" quando ela acaba. Acho que esse medidor consegue fazer parte de uma parcela essencial da nossa felicidade. Ainda pela manhã de hoje, pretendo preparar algumas aulas, ler um pouco e mandar alguns emails (kind of boring). Falando um pouco sobre leitura, estou realmente sentindo um feeling muito bom ao iniciar "A sociedade do anel", um sentimento muito parecido de quanto entrei mesmo no universo de HP. Mas, de certo modo, estou com saudades da obra do Karl Ove, e quero logo retornar a ler o segundo volume da série do cara que se tornou um dos meus escritores favoritos. See ya mates.

(e boa segunda)
   

English tips #4 - podcasts.

   Às 17h tenho que dar uma aula de Inglês (em menos de uma hora), e me peguei pensando que já faz um bom tempo que não escrevo sobre algumas English tips pessoais por aqui no blog. Então, vamos para mais uma edição das dicas imperdíveis que não verdade não são tão imperdíveis assim (a não ser que você as siga, e não apenas leia e concorde com a cabeça). 

foto original
   Podcasts têm o poder de realmente melhorar seu Inglês de forma implacável (na verdade qualquer língua); normalmente eu escuto quando vou correr pelas manhãs (o que faz uma semana que não faço), quando estou tomando banho ou fazendo alguma tarefa boring aqui em casa que não necessite da minha total atenção (digamos). Vou indicar alguns aqui que eu costumo escutar: Dear Hank and John (sim, é um podcast do John Green e do irmão dele, muito divertido e inteligente), Books Unbound (esse é o podcast da Ariel Bissett, mas faz um tempo que ela não posta nada, realmente espero que ela não pare com esse projeto. Eu tinha gostado bastante dos dois primeiros episódios), Mugglecast (um dos mais famosos podcasts sobre Harry Potter), Welcome to Night Vale (esse é incrível, escutei apenas alguns episódios e já saquei a genialidade. Os podcasts contam estórias sobre essa cidadezinha onde coisas paranormais acontecem).  Por hoje é isso, see ya mates. 


Leitura atual: talvez um pequeno projeto?


   Porque eu cansei de ler um livro boring que estava lendo, e meio que estou com saudades de fantasia. Também vai ser um bom livro para aprender mais vocabulário, afinal Tolkien tem a fama de escrever muitos parágrafos de descrição. See ya mates. 

Hey ho.

Mates, a Amazon tá de aniversário e vou deixar o link de compra do blog nessa imagem dos feijãozinhos de todos os sabores do Hp, que foi a foto mais festiva que eu achei na minha galeria, ganhei de aniverário de um amigo, então acho que conta (é só clicar na imagem, não sabia que dava para fazer isso, tô orgulhoso). A promoção fica até à meia noite, eu mesmo tô pensando em comprar um Kindle (promoção rules). 


 Thanks mates. 
see ya. 




"Master of None": New York, trabalho, amigos e abraços.

   
(recomendo assistir bebendo vinho)


   Decidi de forma muito aleatória começar uma série que, pelo menos pelo nome, não me chamaria tanto à atenção. Vi uma foto de landscape de New York no cartaz da série e decidi dar uma chance; desde Frances Ha, adoro qualquer filme que se passe nessa cidade (que seja bom, claro). Fiquei de boca aberta de tanta risada e reflexão com essa série extraordinária, acho que essa frase consegue resumir muito bem meu sentimento com essa produção. Em suma, se eu precisasse/quisesse resumir o conteúdo de "Master of None", poderia dizer que é uma mistura de drama com comédia, uma fotografia linda, personagens incríveis, críticas sociais (de forma engraçada e inteligente), representatividade de minorias (novamente de forma inteligente e engraçada), relacionamentos, conflito de gerações e pasta (na segunda temporada alguns episódios são gravados na Itália). 

   Em "Master of None", praticamente todas as situações ocorrem com Dev, um americano com descendência indiana, trabalha com atuação, mas não sabe se realmente quer isso (os jobs que ele consegue me lembraram muito o Joey de Friends; comercial de yogurt, apresentador de programa de culinária, etc) e, principalmente, um cara MUITO engraçado. Alguns amigos permeiam a sua vida em New York, mas os principais são: Arnold (I consider myself a feminist) e Denise (If you're born with a vagina, everybody knows that creepy dudes are just part of the deal). 



   No primeiro episódio da primeira temporada somos confrontados com alguns dilemas sobre nossas escolhas na vida, casar ou não, ter filhos ou não, como procuramos a felicidade nos dias atuais, etc. Mas, de forma geral, a situação da escolha do que fazer com a sua vida é muito retratada nesse piloto da série. Acho que "Master of None" consegue externar os anseios e angústias das pessoas de uma forma muito, at least, foda. Dev tem que cuidar de duas crianças durante todo o episódio, e ao passar de alguns acontecimentos durante o dia com elas, vemos a ideia principal que Dev tinha sobre ter filhos se desmoronar. Ele vê que na verdade não precisa daquilo pra ser feliz, e que não consegue ver sua vida daquele modo sete dias por semana, 365 dias por ano. E, no final do episódio, temos a cena mais engraçada EVER, eu fiquei rindo sozinho por um bom tempo (tudo bem que eu já tinha tomado um pouquinho de vinho). 

   O segundo episódio traz o conflito de gerações, pais e filhos, como as gerações anteriores tiveram uma vida mais dura que a nossa, e que todo o trabalho duro dos pais resultam na nossa satisfação de hoje. Dev e seu amigo Brian decidem levar os pais para jantar em um lugar fancy para darem mais atenção para seus pais. Só digo uma coisa: o pai do Dev é um dos personagens mais engraçados de toda a série. 

   Não quero comentar sobre todos os episódios, também porque acho que isso não é necessário, mas se tem uma coisa que MERECE uma menção é o episódio de número nove da primeira temporada (Mornings, S01EP09). Todo ele me lembrou muito daquele filme incrível e lindo "500 days of summer"; durante aproximadamente trinta minutos acompanhamos todas as manhãs em um período de um ano do Dev com a Rachel. Tudo é bonito, mas ao mesmo tempo (como no filme 500 days of summer) tudo é muito real, Dev e Rachel possuem um relacionamento retratado de forma orgânica. Esse é meu episódio favorito até agora, incrível mesmo. Engraçado e inteligente, como toda a série. 


   E óbvio: New York. 
   

morning mates (meu fascínio por manhãs).