Leitura finalizada: "A doce vida em Paris"/ "The sweet life in Paris", escrito por David Lebovitz.




  O que eu mais gosto nestes livros de não ficção (sobre viagens, gastronomia, estilo de vida, etc) é o modo despretensioso e divertido que consigo lê-los. Conheci esse livro muito por acaso, talvez tenha sido meu amor pela cultura francesa que fez meus olhos caírem na capa do livro (mesmo eu lendo na versão digital), mas apenas posso afirmar que me diverti e muito com essa leitura. Li na versão original, mas já pesquisei e descobri que temos tradução aqui no Brasil. \o/

   David Lebovitz, autor e cozinheiro, é um cara muito engraçado e peculiar, digamos. Ele tem um blog falando sobre receitas e algumas excentricidades de Paris, também um canal que praticamente apresenta apenas vídeos de importantes locais gastronômicos da cidade (importantes na percepção dele). "The sweet life in Paris", ou "A doce vida em Paris" narra muitas experiências que o cozinheiro teve ao longo do tempo que morou na Cidade Luz, apresenta situações hilárias e peculiaridades da vida de um típico parisiense. O livro não trata apenas sobre o aspecto gastronômico da cidade, muito pelo contrário; eu diria que esse é um grande livro sobre comportamento humano e sobre a visão e adaptação de um estrangeiro em uma cultura totalmente diferente. No início de cada capítulo, vemos uma imagem sobre algum aspecto a ser discutido durante o livro (em minha opinião o livro poderia ter mais imagens, adoraria conhecer visualmente alguns aspectos de experiências narradas pelo autor). Ao final de cada capítulo, David traz uma receita que marcou sua vida na cidade (ainda quero cozinhar alguma receita daquelas).

   Pensei em escrever sobre algumas histórias interessantes e que mais me marcaram do livro; então vamos lá. Um dos primeiros contatos que temos com a visão do autor sobre o modo de agir dos parisienses é a descrição das primeiras semanas dele em seu novo apartamento. David precisava de uma pessoa para pintar apenas DOIS quartos em seu cubículo em Paris, e o homem contratado levou semanas para acabar o trabalho. Achei muito interessante como ele descreveu o modo que o parisiense encarou o trabalho, de um modo "calmo" e sem pretensão de acabar o serviço logo. O mesmo tipo de ideia temos quando David relata sobre a experiência de comprar queijo em uma fromagerie (local que vende fromage, ou seja, queijo). Ele conta que em Paris não é costume oferecer amostras para quem está pensando em comprar algum tipo de queijo, que a pessoa em questão deve confiar nos conhecimentos do fromager para adquirir o produto. Esse tipo de comportamento demonstra o amor que o parisiense tem por o que está vendendo/trabalhando, e que acredita mais na qualidade da venda do que na quantidade.

   O fato dos parisienses furarem fila é um dos comportamentos que mais irritaram o autor no início de sua estadia na cidade, e ele relata algumas dicas e fatos que conseguiu formar ao longo dos anos. David fala muito sobre como os parisienses agem, como por exemplo, o hábito que muitos vendedores têm de aparentar certa displicência em relação ao comprador (por exemplo, sair da loja para fumar enquanto você está procurando por alguma coisa). Política também é muito discutida em alguns tópicos, por exemplo, o fato de muitas greves acontecerem semanalmente em Paris, principalmente no arrondissement que David mora. Obviamente espere muitas dicas de gastronomia e lugares para conhecer em Paris; é praticamente impossível você não ter vontade de conhecer a cidade após ler este livro. Também espere querer provar muitos pratos e começar a ter o hábito de beber um pouco de vinho em cada refeição.

   Avaliei este livro com cinco estrelas, pois ele apresentou o que prometeu. Consegui me divertir, conhecer mais vocabulário em Inglês sobre algumas comidas que eu nem conhecia em Português, apreciar um bom jazz enquanto lia e apenas aumentar meu sonho de conhecer Paris.


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